Tico da Costa foi o compositor bastante importante não só na cena do Rio Grande do Norte, mas também teve reconhecimento fora do país. Levou o mundo afora nas suas turnês pela Europa, África e Américas Central, do Norte e do Sul, tocando em festivais de Jazz, Folk e World Music de grande relevância pelo mundo ao longo de 40 anos de carreira. Hoje a sua viúva, Sara Fracchia, ajuda em manter o seu legado. Nesta quarta-feira (13) realizará um tributo em homenagem ao artista.
O tributo se chama “Várias Vozes, Um Só Canto” e faz parte do calendário cultural, onde já participaram mais de 664 artistas da terra, intérpretes, músicos, bandas filarmônicas, orquestras, coros e outros convidados que dividiram palco com ele.
O ingresso inteiramente gratuito e poderão ser retirados da bilheteria do Teatro Alberto Maranhão (TAM) desde o dia 06 de novembro, entre as 14h e 17h, ou antes, do show; e nas lojas da Arte Musical no Shopping Via Direta ou na Rua João Pessoa, perto da Catedral.
Sem contar que o tributo não aconteceu em Natal, mas em outras cidades do RN.
Ao todo, 14 pessoas se apresentarão abrilhantando com os seus talentos o especial 15 anos. Ainda mais, a direção musical e os arranjos correm por conta de Eduardo Taufic encabeçando uma banda de multi-instrumentistas: Jotapê na flauta, sax, clarinete, e clarone; Ramon Gabriel nas percussões e bateria; Mônica Michelly na guitarra.
E na voz?
Para abrilhantar o show contaremos com as atrações a Alzeny Nelo, Antoanete Madureira, Dani Cruz, Erick Von Sohsten, Lene Macêdo, Nara Costa, Os Chicos com a participação especialíssima de Terezinha de Jesus. Além disso, a apresentação do show estará a cargo da Poetisa dos Ventos, Deth Haak.
Esta é mais uma realização Tico da Costa Produções, que conta para esta edição
com o apoio do Teatro Alberto Maranhão, Fundação José Augusto, Governo do
Estado, Prefeitura de Areia Branca, Arte Musical, Inove e Oficina Livre de Música.
Sobre Tico da Costa
Teve 18 álbuns gravados, dos quais 7 na Itália, 5 nos EUA, 5 no Brasil e 1 no Paraguai. Recebeu o elogio mais de uma vez pelo prestigioso jornal nova-iorquino “The New York Times”. Foi o primeiro artista potiguar a se apresentar no Jô Soares.
Nasceu em 1951 na cidade de Areia Branca, litoral do Rio Grande do Norte. Aprendeu violão em casa com a família e já com os primeiros acordes começaram a compor fluentemente.
Numa noite em Recife, compôs 21 canções para cada quadro de um pintor, que depois deste desafio o convidou também para fazer shows-exposições na Itália. Em Natal, Recife e Roma estudou música, e na universidade, Letras. Simultaneamente, percorria o Nordeste brasileiro, Europa, fazendo shows em teatros, escolas e universidades.
A sua discografia abrangeu 18 CDs, todos de sua autoria. Shows na Europa, África e Américas. Obteve invejáveis críticas do “The New York Times” e outros jornais americanos, europeus e sul-americanos. Entre outros, ele fez shows em Nova Iorque no Town Hall, Sinfony Space, Blue Note, Knitting Factory. Assim como se destacou com suas atuações nos festivais: New Port Folk Festival, New York Jazz Festival, On Stage World Trade Center, Celebrating Brooklyn Festival e outros.
Morreu em Natal dia 29 de agosto de 2009 de um câncer fulminante no pâncreas que lhe fora diagnosticado na Itália, onde estava fazendo lançamento do seu disco “Mar”.