O crescimento de organizações no interior do RN para o autismo

O crescimento de organizações no interior do RN para o autismo

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Hoje, vamos falar de como é o tratamento no interior do RN acerca do autismo. Primeiramente, o acesso ao tratamento para pessoas com Transtorno Espectro Autista (TEA) no Rio Grande do Norte tem sido um desafio para muitas famílias. O Centro de Educação e Reabilitação (CER) em Caicó enfrenta uma alta lista de espera de crianças com autismo devido à falta de profissionais e infraestrutura. Mesmo com a abertura de outro CER em Currais Novos, a demanda ainda é muito superior à capacidade de atendimento.

Esses desafios ressaltam a necessidade de mais investimentos em recursos e profissionais especializados para atender adequadamente as pessoas com TEA na região. A espera prolongada por serviços essenciais coloca em evidência a urgência de uma resposta efetiva para atender a demanda crescente por tratamentos especializados em TEA no Rio Grande do Norte.

Joanilson Silva, de 38 anos, relata as lutas emocionais, financeiras e logísticas para garantir o melhor cuidado para o filho Abner, de 9 ano, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Eles moram na cidade potiguar de São Fernando e enfrentam desafios diários ao procurar tratamento especializado para o filho:

“A falta de acesso ao tratamento adequado impacta profundamente a qualidade de vida da nossa família. Para atender às necessidades do meu filho, enfrentamos desafios financeiros significativos devido ao alto custo do tratamento especializado para o autismo – em Análise do Comportamento Aplicada (ABA). A escassez de profissionais e instalações capacitadas na nossa região do Seridó-RN, aliada à ausência de cobertura por planos de saúde, torna ainda mais difícil a obtenção do tratamento necessário.”

Joanilson descreve as dificuldades adicionais de adquirir conhecimento especializado sobre o manejo do autismo em um ambiente com recursos limitados:

“Embora tenhamos implementado várias estratégias por conta própria, a falta de acesso contínuo ao tratamento em ABA é uma barreira significativa”, relata o pai.

Falta de acesso à informação

Mas apesar do aumento significativo no número de diagnósticos de autismo, o acesso ao tratamento e suporte adequados para pessoas com autismo no Brasil continua sendo um desafio. Famílias muitas vezes se deparam com a falta de serviços especializados, longas listas de espera e barreiras financeiras, tornando a jornada do autismo ainda mais desafiadora.

A carência de terapias e recursos especializados pode impactar negativamente no desenvolvimento e no bem-estar das pessoas com autismo. Além disso, a falta de compreensão e aceitação na sociedade. e, muitas vezes, das próprias famílias, por falta de acesso ao conhecimento, pode aumentar ainda mais as dificuldades enfrentadas.

Nos últimos anos tem sido registrado um aumento notável no número de casos diagnosticados de autismo em território brasileiro. Este fenômeno pode ser atribuído a uma combinação de fatores. Entre os quais estão: aprimoramento dos métodos de diagnóstico, maior conscientização por parte da sociedade e acesso à informação. Ainda mais, precisa haver, por fim, mudanças nos critérios de diagnóstico.

Esse aumento não somente destaca a necessidade de compreensão e aceitação. Além disso, precisa compreender a importância de fornecer suporte e recursos adequados para famílias.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição complexa que afeta a comunicação, interação social e comportamento.

Além de falar de como o interior do RN está no tratamento do autismo, vamos falar do número de atendimentos do TEA no Brasil

Segundo informações do Ministério da Saúde, em casos suspeitos de TEA, o paciente vai à UBS para avaliação da equipe de Atenção Primária. Caso necessário, o paciente irá Atenção Especializada em Reabilitação, onde passará por avaliação biopsicossocial e terá elaborado um Projeto Terapêutico Singular (PTS). A gestão direta dos serviços aos usuários no âmbito da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência é de responsabilidade dos gestores locais (Secretarias de Saúde).

O atendimento às pessoas com TEA no Sistema Único de Saúde (SUS). Sendo, assim uma jornada complexa que exige um enfoque integrado e sensível às necessidades específicas de cada indivíduo.

Os organismos como Conselhos Tutelares, Delegacias Especializadas, o Ministério Público, a Defensoria Pública, entre outros, são essenciais na defesa dos direitos da infância.

É importante ressaltar que muitos casos não se tem notícia, o que torna a situação ainda mais preocupante. A implementação de programas sociais desempenha um papel fundamental na conscientização e na prevenção da violência contra crianças e adolescentes. Esses programas não apenas educam os pais e cuidadores sobre os diferentes tipos de violência.

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Sobre lara

Jornalista e publicitária formada pela UFRN, começou despretensiosamente com um blog para treinar seu lado repórter e virou sua vitrine. Além disso, é mestranda em psicologia na UnP e ainda é doida o suficiente para começar mestrado em Estudo da Mídia na UFRN. Saiba mais sobre esta brechadora.

Desenho: @umsamurai.



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