O Refúgio dos natalenses quando chove em Natal

O Refúgio dos natalenses quando chove em Natal

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Junho indica inverno, que indica chuva, bastante fortes. Além disso, era um típico sábado em Natal, daqueles em que o céu amanhece cinzento. Ainda mais, a previsão de chuva se confirma com precisão infalível. Ademais, as nuvens escuras pairavam sobre a cidade, trazendo consigo uma garoa persistente que logo se transformou em uma chuva torrencial. E assim, como acontece em muitos desses dias molhados, a população de Natal se viu em busca de abrigo, um refúgio seguro e confortável para passar o tempo enquanto a chuva reinava lá fora: shopping.

Entre as opções disponíveis, o shopping tornou-se um porto seguro. Só haviam duas pessoas lá: Deus e o mundo. As portas automáticas se abriam e fechavam incessantemente, recebendo uma enxurrada de pessoas, com as suas sombrinhas, que buscavam escapar do aguaceiro.

A grande maioria dos natalenses parecia ter um destino certo: o cinema. O burburinho nos arredores das bilheterias era prova disso. Ainda mais, a fila parecia interminável, e a espera, por vezes, testava a paciência dos mais ansiosos.

A grande estrela do dia era “Divertida Mente 2”, a aguardada continuação da Pixar

Todos queriam ver as novas aventuras das emoções personificadas. Crianças, com seus olhos brilhando de expectativa, puxavam os pais pelas mãos, enquanto adolescentes já se organizavam em grupos, dividindo pipocas e refrigerantes antes mesmo de entrar na sala de exibição.

Mas a popularidade do filme trouxe um pequeno grande problema: a dificuldade de encontrar um horário disponível. As sessões estavam lotadas. A cada tentativa de comprar ingressos, a resposta era a mesma: “esgotado”. O desânimo tomava conta de muitos, mas o desejo de assistir ao filme era forte o suficiente para manter alguns persistentes na espera por um milagre da última hora, enquanto outros se resignavam a tentar a sorte em um horário mais tarde ou talvez em outro dia.

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Para os que não conseguiram garantir seus lugares na sessão, restavam poucas alternativas, mais precisamente na primeira fileira. Deixa, quieto, deixa para segunda. Alguns optaram por explorar o shopping, aproveitando para tomar um café ou comer um doce em uma das tantas confeitarias. Outros, menos conformados, resolveram encurtar a visita e retornar para o conforto de suas casas. Ali, na segurança de seus lares, poderiam desfrutar de um filme qualquer na TV, acompanhados pelo som constante da chuva batendo contra as janelas.

E assim, enquanto a chuva continuava a cair sobre Natal, os moradores encontravam suas maneiras de se proteger e se entreter dentro do shopping.

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Sobre lara

Jornalista e publicitária formada pela UFRN, começou despretensiosamente com um blog para treinar seu lado repórter e virou sua vitrine. Além disso, é mestranda em psicologia na UnP e ainda é doida o suficiente para começar mestrado em Estudo da Mídia na UFRN. Saiba mais sobre esta brechadora.

Desenho: @umsamurai.



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