A produção industrial do Rio Grande do Norte é um dos assuntos comentados nos principais jornais da cidade. A Federação de Indústrias do RN (Fiern) é figura carimbada em entrevistas, fóruns, sabatinas e entre outras formas de comunicar. Mas, por trás destas aparições, como está o RN?
Dados do IBGE constam que só em 2022 o RN gerou o montante de 8,7 bilhões de reais. Quando vemos de longe pensamos que é bastante dinheiro, para os industriários não. Eles medem este montante a partir do Valor de Transformação Industrial, que é resultado do valor bruto da produção industrial menos os custos das operações.
Os números divulgados hoje mostram que a atividade industrial do Rio Grande do Norte teve uma queda de 7,3% em comparação a 2019, quando o estado registrou R$ 9,4 bilhões em Valor de Transformação Industrial (VTI).
No total, a região Nordeste gerou R$ 143 bilhões em Valor de Transformação Industrial, o que significa que a participação do RN na macrorregião foi de apenas 6,1%. Em 2019, a participação potiguar no VTI da região foi de cerca de 7%.
O IBGE também pesquisou a participação das unidades da federação no Valor da Transformação Industrial (VTI) da região Nordeste. Entre 2011 e 2020, o Rio Grande do Norte teve uma queda de -1,2% no VTI, o que fez o estado cair para 5ª posição na região e fez com que o Maranhão subisse uma colocação, visto que o estado cresceu 3% no mesmo intervalo.
Pernambuco continua sendo a unidade federativa nordestina que mais cresceu em participação. Em 2011 representava 16,1% do setor industrial da região ao passo que em 2020 este percentual chegou a 20%. Em números absolutos, o Valor da Transformação Industrial pernambucano foi de R$ 28,6 bilhões em 2020.
Apesar de ter caído 3,3% no período pesquisado, a Bahia ainda representa a maior parcela da região, 39,8%, o que significa R$ 56,8 bilhões. Em 2011, a indústria baiana era responsável por cerca de 43% do VTI do Nordeste.