A foto acima mostra o ator Orson Welles no centro. É um diretor e ator de cinema americano conhecido, principalmente na década de 50. Se você assiste o filme “Cidadão Kane”, você tem que o agradecer, uma vez que foi ele que criou esta obra-prima. Mas, nesta fotografia, já mostra o renomado artista com duas mulheres bonitas, sendo que do lado direito está a cantora potiguar Ademilde Fonseca, conhecida pela música boêmia e também fazia bastante sucesso na época. A outra, no entanto, é a sambista Elizete Cardoso, conhecida pela música “Eu bebo sim”. Mas, como surgiu esta imagem?
O encontro, que parecia ser aleatório, não foi por acaso, uma vez que Orson visitou o Rio de Janeiro durante o carnaval na década de 40 e encontrou as duas cantoras, que tietaram o renomado ator, mais precisamente no ano de 1942. A foto faz parte do arquivo do Hotel Copacabana Palace, que existe até hoje.
O baile de carnaval do hotel era um dos mais tradicionais do carnaval carioca, onde vinha celebridades nacionais e internacionais.
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Na época, Ademilde tinha quase 21 anos e tinha acabado de lançar o compacto onde cantara “Tico Tico no Fubá”. No evento, era comum utilizar fantasias luxuosas e as duas fizeram uma apresentação musical no dia.
Gravando documentário sobre o Rio
Sem contar que Welles ainda estava colhendo os frutos de Cidadão Kane. Além do carnaval, Welles passou uma temporada no Brasil, onde pretendia filmar o famoso carnaval carioca para acrescentar ao seguimento My Friend Bonito, do documentário It’s All True, mas o diretor foi demitido do estúdio.
Foi considerado um filme perdido. Mas, em 1985, os negativos de “Four Men on a Raft” foram descobertos. Estavam em um depósito da Paramount e cuidadosamente recuperados graças à colaboração de instituições de diversos países. A produção inacabada foi o tema de um documentário de 1993.
Sobre Ademilde Fonseca
Nasceu no estado potiguar em 04 de março de 1921. Aos quatro anos de idade, foi viver com a família em Natal (RN) onde morou até o início da década de 1940, quando casou e mudou para o Rio de Janeiro. Ainda na adolescência, começou a se interessar pelas serestas e travou conhecimento com músicos locais.
Primeiramente, o seu nome no registro era Ademilde Ferreira da Fonseca. Ao casar com o violonista Naldimar Gideão Delfino mudou o nome, por conseguinte, para Ademilde Fonseca Delfino.
Ao separar-se de Naldimar, adotou o nome artístico de Ademilde Fonseca como seu nome documental. Recebeu do instrumentista Benedito Lacerda o título de “Rainha do chorinho”. Entretanto, faleceu de infarto fulminante em sua casa, no Rio de Janeiro, poucos dias depois de completar 91 anos.
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