Desde o início da pandemia da Covid-19, os eventos virtuais, que já tendiam a crescer com as inovações tecnológicas, ganham proporções ainda maiores. Com a finalidade de garantir maior segurança sanitária e o isolamento social, os museus fazem parte desse grupo. Como exemplo no Rio Grande do Norte há o Museu Câmara Cascudo (MCC), que tem feito algumas atividades por meio da internet.
Na última quinta-feira (20), o Museu Câmara Cascudo, em parceria com o Departamento de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), lançou a exposição virtual “Caatinga em Foco: Biodiversidade, Ciência e Preservação”. A ação é resultado de um projeto de extensão, coordenado pela Professora titular do Departamento de Farmácia, Raquel Giordani. Além disso, participa a estudante do Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Letícia Godim e é financiado pelo edital de Museologia e Memória da Pró-reitoria de Extensão (Proex).
Como foi visitar a exposição virtual no Museu Câmara Cascudo
A exposição oferece um ambiente virtual no qual o visitante pode conhecer o único bioma exclusivamente brasileiro, a floresta semi árida da Caatinga, que possui uma rica biodiversidade, fauna e flora pouco exploradas pela ciência. Além disso, o trabalho nos convida a uma jornada de aprendizado e estímulo à preservação. E, consequentemente, alerta para os riscos da desertificação, do desmatamento e da extinção de espécies na região. Traz também destaque para o potencial das pesquisas de produtos naturais com importância para a saúde humana.
Toda a apresentação é bastante interativa, com fotos, vídeos e ainda mais tem textos informativos dinâmicos.
Um dos principais pontos dessa exposição é o seu caráter interdisciplinar. Isso porque apresentam diferentes visões sobre a Caatinga: aspectos ecológicos, químicos e farmacêuticos. Essa gama de diferentes conhecimentos permite ao espectador uma experiência completa.
Além disso, o destaque ao papel da ciência e o estímulo aos visitantes para conhecer a trajetória de diversos cientistas brasileiros e estrangeiros que a ação traz também merecem, portanto, o destaque. Inclusive no contexto de negacionismo científico e de agravamento das queimadas no nosso País. Vale lembrar, inclusive, que a Caatinga é o bioma brasileiro com maior crescimento no número de queimadas em 2021 (até agosto do ano passado), de acordo com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Outra experiência na participação
Me chamou atenção a apresentação sobre a Selaginella convoluta, planta que popularmente conhecemos como Jericó. É possível acompanhar todas as etapas e processos da pesquisa farmacêutica sobre a planta, além de conhecer as substâncias extraídas dela que podem trazer benefícios à saúde. Também é apresentada a razão dessa plantinha ganhar o apelido de “planta da ressurreição”.
Além dos docentes e pesquisadores do projeto, a exposição contou com a participação de especialistas do Museu Câmara Cascudo nas áreas de museologia e educação e o apoio de professores do Departamento de Botânica, Ecologia e Zoologia, além de estudantes e pesquisadores das áreas de Arquitetura e Farmácia.
Como ver a exposição
A exposição conta com o apoio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Biodiversidade e Produtos Naturais (INCT BioNat). As visitas virtuais estão disponíveis no site do MCC na internet. O endereço é o www.mcc.ufrn.br. Pelo computador, a recomendação é usar o navegador Google Chrome. Nos dispositivos móveis, ainda é possível baixar um aplicativo para garantir a experiência completa da visitação.
Dá uma olhada e, por fim, conta aqui o que você achou dessa exposição!
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