Um belo dia achei uma Brasília amarela circulando por Natal, capital do Rio Grande do Norte. Ela estava a caminho na avenida Engenheiro Roberto Freire, no estilo do clipe do Mamonas Assassinas a caminho da praia de Ponta Negra. Assim, me inspirou em falar da história de um dos carros antigos que marcou a história dos brasileiros.
História do carro Brasília
O Brasília foi um dos primeiros Volkswagen a serem projetados e construídos fora da matriz alemã. Ou seja, depois do Fusca, um dos queridinhos dos brasileiros era este carro. A ideia era oferecer um carro mais espaçoso que o fusca, mas tivesse uma mecânica parecida. O design retilíneo da carroceria, com linhas suaves e equilibradas, foi inovador na época. Esta característica privilegiava um amplo espaço interno para os passageiros, algo difícil de se encontrar na época em carros do segmento do Brasília.
O novo veículo começou a vender 1973, apenas um mês depois do lançamento de seu principal concorrente, o Chevrolet Chevette. Embora seja muito semelhante a outros modelos, tais como a Volkswagen Variant e o TL, a plataforma era na verdade a mesma do Fusca, com o mesmo motor boxer montado na traseira e refrigeração a ar.
Mas, a popularização do carro veio apenas nos anos 80, tornando popular nas casas de classe média. Veja o comercial a seguir:
Onde vendia em Natal
Em Natal, você tinha duas opções para comprar uma Brasília. Procurar alguém que tivesse uma placa de vende-se em um dos carros que circulavam na cidade ou proposta dos classificados nos principais jornais. Entretanto, quem quisesse o carro 0 quilômetros, o lance era comprar no Marpas, a principal revendedora da Volkswagen.
Veja alguns anúncios, portanto, a seguir.
Origem da popularização da Brasília Amarela
O grupo musical “Mamonas Assassinas” imortalizou o automóvel no Brasil com a música “Pelados em Santos”, esta é uma das músicas mais conhecidas da banda. Um Brasília de cor amarela, com rodas esportivas e cheia de adereços, tornou-se quase que o mascote da banda, que também ilustrou no único disco, o logotipo VW invertido que virava M.A.
E a referência do carro tinha a ver com uma história pessoal da banda, uma vez que o vocalista Dinho realmente tinha uma Brasília. No entanto, o carro do clipe era outro e após a morte da banda foi leiloado. Após encontraram o veículo em um ferro velho, a família do cantor resolveu restaurar.
Sua letra romântica é um convite para um programa amoroso na cidade de Santos, São Paulo, numa Volkswagen Brasília, de cor amarela, equipada com rodas da marca Gaúcha, que foram sucesso de vendas no fim dos anos 1980. Porém, não é a história contada na canção que a tornou (e também a banda) um grande sucesso, mas a forma como ela é contada.
Além disso, eles eram conhecidos por satirizar marcas que eram consideradas muito populares.
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