No início do século 20, um grupo de pessoas começaram a criar residências em volta do terreno do Ministério da Guerra, chamado de Mãe Luíza. As casas eram improvisadas e o local inicialmente era de difícil acesso, uma vez que ficara perto de dunas e estava próximo dos novos bairros de elite, como Tirol e Petrópolis. As primeiras casas ficavam próximas da praia.
Já o Farol surgiu apenas em 1949 e sua primeira estrada em direção ao morro apenas em 1951, com a inauguração do monumento. No entanto, mais casas surgiram ao seu redor, causando espanto na elite da época, visto que muitos eram agricultores e pescadores, muitos deles vindos de outras cidades para buscar melhores condições em Natal.
Afinal, por que recebe este nome? Este é o resultado do post.
Homenagem a uma parteira mesmo?
A história da parteira nunca foi oficializada. No entanto, a história tem origem dos antigos moradores e apresenta várias versões. Seu nome é Joana Luíza Pirangi, uma parteira que atendia em vários lugares de Natal. Outros, porém, alguns relatam contam ser uma lavadeira prestadora de serviços do Exército, uma vez que o terreno de Mãe Luíza pertencia inicialmente às Forças Armadas.
Portanto, não se sabe quem foi a Luíza de verdade, apenas suposições.
Quando foi considerado bairro
A regularização do loteamento aconteceu no ano de 51, quando entidades brigaram pela regularização, embora muitos queriam expulsar os moradores, alegando estarem invadindo um terreno público, mas, na verdade, estavam ocupando espaços que não demarcados e muito menos utilizados. Já falamos aqui a diferença entre ocupação e invasão.
Apesar deste grande espaço, a Prefeitura do Natal só considerou Mãe Luíza como bairro apenas sete anos depois.
A definição de bairro se deu pela Lei nº. 794, de 23 de janeiro de 1958, sancionada pelo Prefeito Djalma Maranhão, teve seus limites redefinidos pela Lei nº. 4.330, de 05 de abril de 1993, oficializada quando da sua publicação no Diário Oficial do Estado em 07 de setembro de 1994.
Por falar em Djalma Maranhão, o mesmo utilizou Mãe Luíza para realizar um dos projetos de alfabetização mais inovadores, o “De Pé No Chão Também se Aprende a Ler”, no qual contamos a história aqui.
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