Uma das curiosidades pioneiras no Rio Grande do Norte está com relação nas pesquisas sobre oncologia, uma vez que está em desenvolvimento da oncologia molecular no estado. Essa área tem como objetivo pesquisar os mecanismos moleculares da célula cancerosa e, com isso, pode oferecer uma melhora no diagnóstico e no tratamento do câncer.
A pesquisa é uma parceria da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Liga Norte-riograndense Contra o Câncer (LIGA). Como resultado, o laboratório conta com terapia de medicamentos mais precisos e menos tóxicos, métodos diagnósticos sensíveis, específicos e acessíveis à população.
Além disso, haverá estratégias no cuidado ao paciente oncológico, baseado no entendimento de sua complexidade biológica, social e psicológica. Ou seja, o atendimento focará no atendimento mais humanizado.
O que é Oncologia Molecular?
A Oncologia Molecular é uma área de pesquisa que tem uma relação com estudo de uma melhor compreensão de medicamentos melhores para os pacientes com câncer. Além disso, ajuda a entender melhor a origem da doença e se tem alguma relação familiar com o objetivo de melhorar o tratamento.
A intenção é entender a origem de diversos tumores malignos, uma vez que compreendendo o oncologista poderá saber qual o melhor tratamento ao paciente.
Laboratório de Oncologia ajudará a melhorar o atendimento da Liga
Embora seja referência no atendimento contra o câncer no Nordeste, a Liga não tem um laboratório molhado. O que é isso? Nome que os especialistas usam para realizar análises genéticas e moleculares. Mas, qual o papel da UFRN neste laboratório? Através de projetos acadêmicos de iniciação científica, mestrado e doutorado, a UFRN fornece estudantes para analisar tumores, sangues e salivas de pacientes da Liga.
Nessa dinâmica, os projetos de pesquisa são desenvolvidos junto a uma equipe multidisciplinar, composta pelos cientistas da universidade e pelos profissionais da Liga, uma vez que são aqueles que lidam diariamente com questões sobre o melhor tratamento a ser adotado e apresentam ideias de investigação científica originadas na rotina clínica.
Quem idealizou a ideia?
Um dos idealizadores do projeto está a pesquisadora Tirzah Lajus, que justificou em entrevista à Agecom a importância de aperfeiçoar os estudantes na área Oncologia.
“A colaboração é muito importante na formação de alunos dos cursos da área da saúde, como enfermagem, medicina, biomedicina e ciências biológicas, em geral, além dos programas de pós-graduação, especialmente de Bioinformática e Bioquímica. É uma parceria muito rica, pois nós somos o único grupo de pesquisa do estado a estudar esses mecanismos moleculares no câncer”, afirma a professora.
O que é a Liga Contra o Câncer
A Liga Contra o Câncer foi fundada em 17 de Julho de 1949, depois da luta de Dr. Mário Kroeff, na década de 30 criando o Centro de Cancerologia no Serviço de Assistência Hospitalar, no Rio de Janeiro. Por conseguinte, o Dr. Luiz Antônio resolveu criar uma entidade de luta contra o câncer no RN.
Dada a importância do ensino e pesquisa na área hospitalar, a Liga Contra o Câncer criou, em 17 de Julho de 1989, no Hospital Dr. Luiz Antônio.
A Liga tem uma Escola de Oncologia
Ainda em 1989, a Liga desenvolveu o Departamento de Ensino, Pesquisa e Educação Comunitária (DEPECOM), com o objetivo de estudar as áreas ligadas à atenção oncológica.
Em 17 Julho de 2018, o departamento foi ampliado e recebeu o nome de Escola de Oncologia da LIGA. Dispõe de oito vagas de residência médica nas áreas de Mastologia, Radioterapia, Cancerologia Clínica, Cancerologia Pediátrica e Cancerologia Cirúrgica, e seis de Residência Multiprofissional em Saúde nas áreas de Enfermagem, Nutrição e Farmácia.
Além disso, criou-se a primeira Pós Graduação Lato sensu da Liga na área de Enfermagem em Oncologia. Possui convênio com diversas Instituições de Ensino Superior sendo cenário de formação de práticas curriculares em saúde semestralmente. Portanto, fomenta diversos cursos de capacitação, simpósios e jornadas.
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