Além da astronimia, a robótica é um dos principais temas da Campus Party. Em vários lugares do evento é possível ver protótipos de robôs, desde estandes até nas mesas onde fica os grupos de campuseiros. Além de melhorar a matemática, a pessoa que aprende a robótica também vai ter conhecimentos de informática e programação, algo que no futuro o mercado de trabalho vai exigir como habilidade.
“A robótica é um berço da nova educação. Hoje o que falamos desse assunto será o futuro, a educação aliada com a tecnologia. Estamos engatinhando o processo de uma nova forma de educar”, disse Alexandre Souza, um dos embaixadores da CP.
Mas, como seria esta nova forma de educação? Aula tudo eletronico? Tablets no lugar de caderno? Calma! Não é para tanto, o Souza explica como isso pode acontecer. “A tecnologia será uma base de inclusão social, aonde todos terão acesso para aprender. Quando falamos em mudar a educação, a gente só vai ter isso acontecendo quando todos tiverem acesso ao mesmo conteúdo. Primeiro temos que difundir a robótica para todas as crianças, adolescentes e escolas e depois criar uma consciência e cultura tecnológica”.
O educador, que desenvolve um trabalho de robótica, chamado Case Monstro, na cidade paranense de Pato Branco, contou que “as grandes cidades digitais serão desta forma quando a periferia tiver o acesso aos mesmos equipamentos que às classes mais abastadas.”. A ação da Case Monstro é fomentar a educação usando a robótica. “Lá eu crio tanto robôs quanto capacito professores para multiplicar a área de robótica para outros lugares. Por isso falo com muito amor por robótica educacional, eu quero que este trabalho seja difundido para vários lugares possíveis.”.
Além disso, ele trabalha na prefeitura de Pato Branco, onde ensina robótica para crianças e adolescentes em comunidades carentes através do laboratório criado pela Campus Party, após a realização do evento na cidade, que aconteceu no ano passado. “Estão sendo abertos dois Includes lá e eu vou conseguir ensinar robótica e programação não só para crianças e adolescentes, mas também aos adultos e o pessoal da terceira idade”, garantiu.
Legado da Campus Party em Natal
Entre os legados que a Campus Party vai deixar não só em Natal, mas em todo o Rio Grande do Norte será a criação de 10 laboratórios de robótica no chamado Include, no qual ajudará as crianças e adolescentes de comunidades carentes a entrar no universo da tecnologia e robótica. O evento quer construir alternativas para estes jovens fugirem da marginalidade e entrarem no mercado de trabalho em pé de igualdade daqueles que têm condições de pagar uma escola particular.
“A gente quer transformar a realidade das pessoas, dar um sonho. A gente sabe que mais da metade dos brasileiros vivem em periferias. Queremos usar a tecnologia a favor do desenvolvimento social”, disse Francesco Farruggia, presidente do Instituto Camnpus Party, no primeiro dia de evento, durante a coletiva de imprensa.
Além disso, eles querem que esses jovens consigam criar soluções dentro da comunidade e estimule outras pessoas a participarem deste laboratório.
Sobre a Campus Party
A Campus Party é a maior experiência tecnológica do mundo que reúne jovens geeks em um festival de inovação, criatividade, ciência, empreendedorismo e universo digital. A primeira edição surgiu há 21 anos, na Espanha. O evento está no Brasil há 11 anos e essa semana aconteceu pela primeira vez em Natal. A Prefeitura da cidade colocou a Campus Party na agenda de atividades, garantindo assim uma nova edição para o ano que vem.
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