Depois daquela fracassada festa de Halloween do Gringo’s, em 2015, demorei muito para ir numa festa de dia das bruxas em Natal. Ano passado, até eu cheguei a participar de alguns eventos, mas não tinha aquela mesma alegria, porres (meu primeiro porre, aos 18 anos, foi na Praça do Gringo’s: cachaça com coca-cola) e momentos engraçados, como foi nos anos que fui no tradicional baile, no qual virou o maior evento de rua deste tipo no Brasil, país que não possui origem anglo-saxão.
O Halloween é um nome celta para “Véspera Dia de Todos os Santos”, que acontece no dia 01 de novembro. Por isso, a festa é comemorada nesta data e também no dia 02 de novembro é dia de finados, o equivalente ao Dia de Los Muertos do México. Por coincidência, estas datas coincidiram em cair em um feriado prolongado. Ou seja, dia 1 de novembro estaria cheia de atividades deste porte em Natal. A primeira era o Carnaloween, festa que aconteceu no Ateliê Bar, que fica na tradicional Rua Chile, no bairro da Ribeira.
Como o Halloween é quase um carnaval para os americanos, nada melhor que comemorar a data como uma folia de momo. Sou suspeita em falar que amo as festas do Ateliê e são uma das melhores baladas de Natal para quem quiser levar os amigos para se divertir com todos os tipos de músicas possíveis e impossíveis de imaginar. Enfim, eu estava com uma expectativa bem alta, tanto que paguei pelos ingressos adiantados e estava querendo muito dançar com a Orquestra Greiosa. Com o celular na mão e um desejo no coração, como diz um certo deputado, fui para Ribeira. Mas a realidade foi bem diferente.
Parece que todo mundo decidiu ir para Ribeira, tive que estacionar na Rua Frei Miguelinho, paralela da Chile. A fila, quando cheguei estava cheia, mas não causou irritação. Afinal, eu estava no Ateliê, algo bem comum disso acontecer. No entanto, eu fiquei 30 minutos parada. Depois, mais 30 minutos. Foi aí que descobri que era uma fila única para comprar ingresso na hora e mostra aqueles que estavam adiantados. Após 1h30 de espera, a galera começou a ficar estressado e gritar frases como:
“Devolva meu dinheiro, Ateliê”
“Quero os meus direitos”
“Vou esculhambar no Facebook”
“Bando de FDP”
“Vou bater nestes otários”
Hoje, eu acho engraçado, me lembra deste clássico da internet brasileira:
Mas, na hora, eu fui uma das que fiquei bastante irritada. Minha reação era praticamente essa:
Quando percebi que iria rolar confusão e estava toda dolorida por ficar esperando, resolvi embora e após umas andanças aos bares de Natal. Primeiro foi no Alchemist, que fica na esquina da Rua Chile, a fila cresceu, pois os desistentes do Carnaloween tudo correram para lá, principalmente por tocar rock e ter caipirinha BBB (Boa, Bonita e Barata). Consegui me fixar ao La Luna, um bar legal que fica no bairro de Neópolis, onde todas as quartas rola um karaokê maneiro, falarei outros posts. Sim, rodei praticamente as quatro zonas Urbanas de Natal.
No outro dia, quando acordei, vi várias postagens no evento do Ateliê e na própria fanpage do bar, reclamando da falta de organização da festa. Alguns amigos meus falaram através do Twitter que a situação não melhorou para quem entrou na festa, pois houve bastante empurra-empurra e o estrago seria grande caso houvesse alguma tragédia no estilo boate Kiss, no outro Rio Grande.
O feriado de Dia de Finados passou e chegou o fim de semana. As festas de Halloween em Natal continuaram. Uma delas é do querido La Luna, citado anteriormente, que organizaram o evento para rolar no Armazém Hall, na Ribeira, pois se fizesse no bar, o mesmo se transformaria tão caótico quanto o Halloween do Gringo’s (Parabéns pela esperteza!). Fiquei dois dias pensando: Vou ou não vou? Segue a trilha sonora da dúvida:
Além disso, eu queria companhia para festa, uma vez que não queria entrar sozinha no bairro. Mas, todos já tinham uma carona garantida ou diziam que não ia para festa. Chegou o sábado, sai para o shopping, fui no Big Peter com os amigos e estava caminhando para casa, quando um Tweet vejo e diz: “Alguém vai para o Halloween da La Luna? Quero companhia.”. Então, eu rapidamente mandei uma mensagem direta para minha amiga Mandok (excelente DJ, por sinal) e falei #partiuhalloween. Praticamente, foi um rolezinho da sororidade (por isso eu falo que mulher não deve tratar a outra mulher como inimiga).
Então, fiz uma fantasia improvisada e montei a minha Katrina, também conhecida como caveira mexicana. A Mandok, por sua vez, escolheu ser uma fada bailarina trevosa. Após chuvas de glitter no carro, arrumações, feminismo e empoderamento, nós chegamos, ainda conseguimos mais enfeites na Ribeira. Arranjamos umas flores que estavam por lá e deixou nosso visual mais legal do que já estava.
Eu e ela maravilhosas na foto a seguir:
Aqui mais detalhes da minha fantasia:
Dançamos ao show de Luísa e os Alquimistas, no qual os integrantes arrasaram nas fantasias, dançamos ao som de músicas lacradoras (amém, Lady Gaga!), de rock, funk e dentre outros estilos (muito ecletismo, por sinal!), rimos e se divertimos bastante. Fazia tempo que não me divertia numa festa temática e foi bastante animada. O que aprendi neste fim de semana? Espere o inesperado, pois coisas boas rolam a partir daí.
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