Hoje é terça-feira, 8 de março, dia internacional da mulher. Há várias versões para o surgimento da data. A única coisa que sabemos é que surgiu a partir do contexto de lutas femininas por melhores condições de vida e trabalho, bem como pelo direito do voto. O Brechando entrevistou algumas mulheres para comentar sobre a importância da data e o motivo de continuar a luta.
O Dia Internacional da Mulher e a data de 8 de março são comumente associados a dois fatos históricos que teriam dado origem à comemoração.
“A gente está no ano de 2016, eu e muitas amigas lutam pelos direitos e continuam lutando contra o machismo. O importante desta data é lembrar que ainda temos voz e relembrar o quanto lutamos e ainda estamos tentando combater”, disse a estudante de jornalismo Jana Maia.
A estudante de jornalismo Jana Maia ainda comenta a importância de lembrar desta data por um momento que não é só entregar apenas flores e presentes para as mulheres, mas trazer um momento de reflexão.
“Todos os dias, as mulheres morrem violentadas dentro ou fora de casa, a gente sempre ainda ouve argumentos: ‘Foi estuprada, porque estava com uma roupa inapropriada’. Na verdade, nada justifica a violência contra a mulher e a desigualdade”, comentou.
Dentre as versões está uma manifestação das operárias do setor têxtil nova-iorquino ocorrida em 8 de março de 1857 (segundo outras versões, em 1908), quando trabalhadoras ocuparam uma fábrica, em protesto contra as más condições de trabalho. A manifestação teria sido reprimida com extrema violência. Segundo essa versão, as operárias foram trancadas dentro do prédio, o qual foi, então, incendiado. Em consequência, cerca de 130 mulheres morreram.
Independente se isso foi um fato ou uma lenda, a luta destas mulheres foi o pontapé inicial das mulheres a obter direito de trabalho, voto e igualdade entre os gêneros masculino e feminino. Falando em continuar a luta, na cidade do Natal e em outros estados brasileiros haverá diversas manifestações sobre a luta da mulher em continuar lutando pelos seus direitos.
A estudante Géssica Régis comentou que a luta do machismo ainda existe e acontece diariamente. “O machismo está em todos os lugares, nos simples atos e não só na violência em si. O machismo aparece quando a mulher tem que largar os estudos quando não tem direito à creche aos filhos, ganha menos que os homens no mesmo cargo, sofre assédio no ônibus e fica com medo de andar na rua”, comentou.
Já Fernanda Figueiredo complementou esta questão. “O machismo não acabou e as estatísticas nos mostram diariamente o quanto ainda sofremos de violência. É necessário lutar pelos nossos direitos”.
Durante a entrevista, as jovens Iara Sue Brito e Natália Gonçalves estavam comentando das dificuldades de ser mulher na sociedade. Elas, entretanto, reconhecem, que conseguiram bastante melhorias, mas que ainda precisa muito melhorar.
“As pessoas precisam discutir cada vez mais sobre o assunto de desigualdade das mulheres, principalmente nas escolas, onde ocorrem muitos casos de bullying“, disse Nathália.
Já Iara disse que as mulheres conseguiram conquistar bastante coisa, mas ao mesmo tempo muitos direitos ainda precisam serem conquistados. “Agora estamos num período em que as pessoas estão voltadas contra as questões das mulheres e isso não pode acontecer. Recentemente, o congresso federal aprovou bastante leis retrógradas e prejudiciais para nós. “.
A Girlane Machado, por sua vez, critica a falta de políticas à violência contra mulher e abusos sexuais, tanto na comunidade quanto nos meios acadêmicos, visto que algumas alunas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) chegaram a denunciar casos que aconteceram nas festas dentro da instituição de ensino. “A luta não pode acabar apenas no dia 8 de março, os abusos acontecem em todos lugares, principalmente nos locais onde acontecem a militância”.
E, você, qual a importância de lutar ainda pelos direitos da mulher?
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