A palavra “gamer”, antigamente, se referia a alguém que jogava role-playing games (RPG). Mais recentemente o termo tem crescido e incluído os jogadores de videogame, para computador e analógicos. Hoje, a expressão é mais usada comumente para aqueles que passam seu tempo livre jogando ou aprendendo sobre jogos.
Há muitas comunidades de gamers ao redor do mundo e, principalmente, em Natal. Como eu tenho muitos amigos gamers, eu fui entrevistar alguns deles para falar um pouco mais sobre seu amor pelos joguinhos. Vale lembrar que eles amam jogos, mas não gostam de tudo. Você vai entender alguma diferença rapidamente agora.
Tem gente que ama RPG, mas não gosta de boardgame (tabuleiro) ou para computador. Outros são amantes do tipo e-sports (como League of Legends e Dota), mas alguns preferem jogar apenas por emuladores e dentre outras coisas.
O engenheiro Caio Guimarães, por exemplo, começou a jogar por intermédio dos amigos, que visitavam frequentemente as lan houses (quem viveu nos anos 2000 sabe muito bem o que estou falando). “Era uma forma de diversão com um pouco de rivalidade, ainda jogo com amigos, mas mesmo quando jogo sozinho mantenho um pouco do clima de competição”, afirmou.
Caio comentou que jogar não quer dizer necessariamente que a pessoa vive isolada ou não possui amigos, visto que é um local de confraternização. “Fiz bastantes amigos e voltei a falar com alguns amigos que tinha pouco contato”, garantiu.
O seu chará, Caio Moreno, é muito fã de e-sport e o seu favorito é Dota 2. “Eu comecei a jogar Dota pela questão da diversão e por ser um jogo bastante desafiador”, comentou o rapaz, que é estudante de medicina. O jovem comentou que conseguiu conhecer novas pessoas, apesar de que o jogo possa provocar certos momentos estressantes.
“Conquistei cabelos brancos e ódio no coração (risos)”, brincou.
O estudante de Ecologia, Alberto Gerson, gosta bastante de e-sport, principalmente League of Legends, mas o seu interesse pelo Lol está cada vez mais diminuindo.
“Apesar de jogar o League of Legends, noto que o jogo não está mais tão atrativo para mim. A comunidade de jogadores têm tido um comportamento não muito agradável nos jogos, muitos entram nas partidas para “trolar” e fazer seu time perder, outros são tóxicos e usam muitos xingamentos contra o time adversário ou mesmo contra seu time. Algumas dessas atitudes me fizeram perder um pouco a vontade de jogar. O melhor mesmo é ter um time de pessoas conhecidas, assim a chance de ganhar e de não passar raiva é bem maior.”.
O estudante de C&T, Enildo Fernandes, já conseguiu ganhar alguns brindes em pequenas competições de e-sports. “Já ganhei alguns torneios de brincadeira e ganhei itens especiais, isto tanto quando fiz parte de clã (times) e sozinho. Eu gosto de estratégia e de criar personagens em ficção, sejam científica ou fantasia baseada em mitologia antiga e medieval. Então é algo que posso fazer todas coisas de uma vez só e me divertir muito”.
Além disso, ele recomenda alguns para a garotada. “Dos classificados como e-sport os que mais jogo ou joguei foram FIFA online e Smite. Recomendo o primeiro para quem gostar de esportes no sentido geral, não só os eletrônicos e o segundo além da competição por se tratar de um jogo que os personagens são baseado na mitologia de váris países, inclusive do Brasil.”.
Tem gente que utiliza esses esportes eletrônicos apenas por diversão, como é o caso de Rudá Albuquerque. ” Muitos amigos do meu atual grupo são jogadores de e-sport e esta partida fica mais divertida com amigos, e sempre íamos chamando conhecidos e todo mundo ia se juntando. Na verdade vejo o jogo apenas como diversão, não algo como profissional”.
Já o jornalista Gabriel Vasconcelos é contrário de e-sports e é mais fã de RPG, pois não gosta de jogos competitivos. O rapaz conta que sempre procurou uma experiência ‘personalizada’, fosse ao brincar com bonecos ou jogando videogame, quando criança
“Geralmente prefiro jogar RPGs, coisas que se apoiam mais em narrativa e tal. Não tem como transformar narrativa numa experiência competitiva. Ou, pelo menos, eu não consigo pensar numa maneira de fazê-lo”, comentou.
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