Entre o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte e a Pinacoteca do Estado existe uma coluna de mármore exposta. O que é isso? Que fator histórico possui? O nome deste monumento é a Coluna Capitolina, presente da Itália, mais precisamente durante a gestão de Benito Mussolini (líder do facismo), ao povo do Rio Grande do Norte, em agradecimento pela boa acolhida oferecida aos aviadores daquele país, Carlo del Prete e Arturo Ferrarin.
No dia 5 de julho de 1928, estes pilotos estavam com um o avião Savoia-Marchetti e alcançaram a costa potiguar, provenientes de Roma, após um voo de mais de 49 horas, sem escalas, perfazendo uma distância de mais de 7 mil quilômetros. A coluna, marco desse feito, tem esse nome porque é originária do monte Capitolino, em Roma.
A coluna Capitolina foi inaugurada em 8 de janeiro de 1931; foi trazida a bordo do navio ”Lanzeroto Mlocello”, que participou do apoio à primeira travessia aérea do Atlântico Sul feita por um esquadrão. Além disso, o bispo dom Marcolino Dantas realizou uma missa campal para celebrar a chegada deste monumento no cais do porto de Natal.
A Coluna Capitolina tem 5,80 metros de altura, apoiada numa base com cerca de 3 metros quadrados. É de mármore cinza e continha duas placas escritas em italiano, no qual uma das frases eram: “trazida de um só lance sobre asas velozes além de toda distância tentada por Carlo Del Prete e Arturo Ferrarin, a Itália aqui chegou a 5 de julho de 1928. O Oceano não mais divide e sim une as gentes latinas de Itália e Brasil”.
Na outra placa, por sua vez, estava escrito: ”Italo Balbo aqui junto com o Esquadrão aéreo transatlântico na rota percorrida por Carlo Del Prete e Arturo Ferrarin a eles recordarão para sempre nesta Coluna Capitolina doada por Benito Mussolini à cidade de Natal consagrada. Em janeiro de 1931″.
Primeiramente, esta foi erguida na Esplanada do Cais do Porto, na Ribeira. O monumento foi por vezes considerado um símbolo fascista. Em 1935, durante a Intentona Comunista no Brasil, a coluna chegou a ser derrubada. Permaneceu em lugar ignorado durante muitos anos até ser reencontrada e novamente erguida, dessa vez na praça João Tibúrcio e depois para a Praça Carlos Gomes no Baldo.
Atualmente, a mesma foi transferida para o largo do Instituto Histórico e Geográfico na Praça André de Albuquerque, onde se encontra até hoje.
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