Conheci a Tahiane Macedo (foto acima) pela primeira vez quando era bolsista da professora Socorro Veloso, quando fazia faculdade de jornalismo, na UFRN. Nosso reencontro foi quando eu fui fazer uma entrevista de estágio para ser social media na assessoria de imprensa aonde trabalhava e, por fim, me surpreendi com a notícia de largou a sua antiga profissão para ser tatuadora e as tatuagens dela estão começando a se destacar na cidade.
A mudança de verdade foi no ano passado, onde ela começou a trabalhar no estúdio “Dos Anjos”. A minha curiosidade sobre saber o porquê dela ter feito essa guinada era grande e claro que fiz uma entrevista. Os detalhes poderão ser conferidos a seguir.
A jovem, agora de cabelo rosa, começou a fazer tatuagens há dois anos, antes já fazia alguns trabalhos com desenhos. Um dos trabalhos conhecidos como desenhista foi quando ela fez a capa da zine do site “O Chaplin“, intitulada de “Entre Seios”.
Para ela, o caminho entre a nova profissão e utilizar os desenhos como algo profissional seria inevitável.
“Sinceramente, eu não gostava do ritmo de vida do mercado. Amo desenho e tatuagem, acabou acontecendo inevitavelmente. O principal motor para largar o jornalismo foi a minha inadequação a esses meios, me sinto melhor fazendo arte”.
Tahiane faz diversas artes, desde aquelas tatuagens estilo old school até desenhos mais complexos. “As pessoas tem medo de mudar as profissões e de mexer com as coisas. Sim, eu também tive medo, pois mexe com as estruturas da vida da pessoa. Porém, eu consegui me virar. Uma dica que eu dou para quem ainda está com medo é: ‘Coma enquanto está quente’, ou seja faça o que te dá prazer”, disse a tatuadora Tahiane Macedo.
Uma das tatuagens que fez recentemente foi a oração do credo em todo o corpo de uma moça. Foi um trabalhão, mas valeu a pena. “O que mais me motiva (a fazer tatuagem) são vários fatores, como fazer uma arte permanente numa tela humana, conhecer gente e ouvir as suas histórias, olha o meu lado jornalista falando aqui (risos)”, comentou.
Depois de finalmente se “encaixar” aonde queria trabalhar, Macedo também disse que é muito gratificante conseguir agradar o cliente e realizar o desejo de colocar na pele o que deseja levar para a vida.
Ao ser questionada se ela sente saudade da profissão de jornalista, ela respondeu que não. “Sinto saudades apenas dos bons momentos que tive, ótimas pessoas, que fazem parte de uma ótima fase da minha vida. Do trabalho de repórter e assessora não sinto muita falta”.
A tatuadora comentou que gosta do trabalho de tatuadora por ter a liberdade que como jornalista não oferece. Apesar de se distanciar da comunicação, ela ainda faz trabalhos de freelancer como social media.
“As pessoas tem medo de mudar as profissões e de mexer com as coisas. Sim, eu também tive medo, pois mexe com as estruturas da vida da pessoa. Porém, eu consegui me virar. Uma dica que eu dou para quem ainda está com medo é: ‘Coma enquanto está quente’, ou seja faça o que te dá prazer”, disse.
Sobre a reação dos familiares sobre esta mudança radical na sua vida, ela disse que hoje eles apoiam bastante a sua nova profissão. “A família já aceita. A situação está estabelecida e vivo disso. Antes, eles não acreditavam muito que eu fosse mudar de profissão. Mas deu certo (risos)”, finalizou.
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