Nas primeiras horas da manhã deste domingo (21) foi um momento triste para quem gosta dos prédios antigos de Natal, uma vez que as chuvas derrubaram de vez a parte superior de onde funcionara o Arpege, cabaré tão popular quanto o de Maria Boa.
Chovia às 04h40 da manhã quando o resto do pavimento superior do prédio, que já estava parcialmente destruído, desmoronou de uma vez.
As câmeras de segurança próximo do prédio registrou o momento que houve a demolição:
O prédio antes estava assim:
Agora está assim:
A jornalista Cinthia Lopes postou em seu Instagram o resultado de como ficou o antigo cabaré. Veja:
http://www.instagram.com/p/CBtr02WFAd-/?igshid=xdgi8ulwz3f7
História do Arpege
Argepe existiu até a década de 1990, ficava na Rua Chile, após o cruzamento com a Tavares de Lira, na esquina com a Travessa Venezuela Construído no século XX por um família de alemães, tendo inicialmente funcionando como um “Secos e Molhados”.
Em 1941, o empresário Nestor Galhardo adquire parte da edificação, tendo o intuito de instalar sua própria gráfica, ocupando apenas o pavimento térreo, o que restou do prédio após a chuva deste domingo (21).
Galhardo decidiu abrir, portanto, um cabaré no pavimento superior, que seria administrado primeiramente por sua amante e entrada era feita através da Travessa Venezuela, próximo ao Cova da Onça.
Após a morte de Nelson Galhardo, seu neto tenta manter os negócios
Após a morte do seu proprietário, o seu neto, que também se chama Nelson Galhardo, assume a administração dos negócios. Durante algum tempo, a gráfica permaneceu em atividade, porém fechou as portas. O local serviu como cenário aos filmes “For All- Trampolim da Vitória” e “O Homem que Desafiou o Diabo”.
O início da demolição
No ano de 2005, o imóvel é adquirido pela empresária carioca Paula Homburger, acreditando na revitalização da Ribeira. A intenção era construir um restaurante no local, entretanto a ideia não deu certo por diversas razões.
Três anos depois, parte da estrutura do cabaré da Arpege é destruída com as fortes chuvas, chegando a ser interditado pelo Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte . No ano de 2010, o prédio foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
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