Em 1979, a Semana Santa dos natalenses teve a primeira micareta, cujo carnaval fora de época com organização da Rádio Poti. Mas, dois anos antes (1977), no jornal Diário de Natal mostrou um pouco de como o feriadão, cuja sexta santa aconteceu no dia 12 de abril e a Páscoa, consequentemente, no dia 14 de abril.
Como os jornais repercutiam sobre o assunto há 50 anos? Descobrimos que fortes chuvas estragaram a páscoa e impedindo o ir e vir dos motoristas, além de deixar mais de 30 mil pessoas desabrigadas.
Conforme o Diário de Natal, os maiores prejuízos foram em Mossoró, Felipe Guerra, Nísia Floresta, São Gonçalo, Serra Caiada (na época Presidente Juscelino) e Senador Georgino Avelino.
O Vale do Açu e vias férreas também foram prejudicadas.
Achamos a reportagem e, portanto, na véspera da Semana Santa de 2024 transcrevemos uma parte a seguir:
A matéria da Semana Santa de 1977
As principais rodovias do estado sofreram grandes prejuízos com as cheias deste final de semana. Na BR-101, uma pinte de 80 metros, sobre o rio Araraí, ruiu. Durante o domingo o tráfego para João Pessoa, Recife, Rio e São Paulo foram paralisados. Nas BRs 304 e 225, aterros foram parcialmente destruídos e a Polícia Rodoviária Federal passou a permitir apenas passagens de carros pequenos.
Na Estação Rodoviária a situação era de vexame. Enquanto aumentava o número de pessoas querendo comprar passagens para aproveitar a folga da Semana Santa, as empresas reduziram 30% a oferta.
Para alguns municípios, as linhas foram cortadas. Para Recife, Rio e São Paulo, houve mudança de itinerário, os transportes passam a seguiur pela BR-226, fazendo baldeação em Tangará e percorrendo pelo menos mais 110 quilômetros, muito deles em estradas de barro.
Quando os vales pedem socorro: Ceará-Mirim
Enquanto na área urbana a população permanece tranquila e sem problemas de inundações, no bairro Vale do Ceará-Mirim a situação agravou-se violentamente na manhã de ontem quando o aterro da estrada da usina São Francisco foi rompido pelas águas do rio provocando a inundação parcial do médio vale e o completo alongamento do baixo vale.
Na opinião do prefeito Ruy Pereira, a situação da ponte que dá acesso ao vale deve ser examinada com urgência por uma equipe de engenheiros do DER, no sentido de se definir a providência mais correta. Caso as águas do rio Ceará-Mirim continuem destruindo e aterro, como vem ocorrendo, o lado direito do vale será também inundado.
Sem qualquer tipo de ajuda por parte do DER, os trabalhadores dos engenhos e da Prefeitura lutam com grandes dificuldades para desobstruírem as manilhas de concreto armado que estão vendadas por grande quantidade de uma planta aquática chamada “Baronesa”. Os tubulões estão obstruídos e o serviço vem sendo feito com picaretas e foices para evitar a destruição de aterros.
“Todo baixo vale está inundado – disse o prefeito – eu pude contar agora a tarde quando estive percorrendo tudo., O repressamento no baixo vale é muito grande. Mas a maior preocupação é essa ponte. Se houver ameaça temos que abriur uma das cabeceiras para salvar a ponte. Estamos já solicitando ajuda ao DER.”.
A reportagem completa está aqui.
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