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E meu sábado a noite sem querer dedicado ao Chico Science

O Brechando foi ao tributo em homenagem ao cantor Chico Science, que está em sua 12ª edição e neste ano comemora 3 décadas do Manguebeat. Saiba mais no Brechando!

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Acredito que a primeira vez que escutei Chico Science estava assistindo MTV. O meu eu adolescente não se identificava com Mastruz com Leite, Magníficos, Aviões do Forró e outras bandas no rádio. E, ao mesmo tempo, não achava graça no rock nordestino, contava-se nos dedos as bandas que gostava. Então, foi estudando maracatu no trabalho de escola, que escutei Nação Zumbi e a mistura de rock com música nordestina fez minha cabeça explodir.

Graças ao Manguebeat, a música nordestina ganhou ainda mais reconhecimento e visibilidade, mostrando ao mundo a riqueza e a diversidade da cultura brasileira.

Então, eu percebi que há poucas horas perto do meu RN existia um movimento cultural que revolucionou a música brasileira. Detalhe que a fama do Mangue Beat surgiu em 1993, ano que nasci e faz exatos 30 anos que se comemora este movimento. Após gravar o último episódio do Podbrechar, a equipe do Brechando foi ao bairro de Cidade Alta procurando algo para jantar.

Zé Reeira lotado para ouvir os sucessos de Chico Science e Nação Zumbi

Ao ver um monte de gente com o chapéu que Chico Science popularizou, vi que todos estavam indo em direção ao Zé Reeira. E estava. Lá acontecia a 12ª edição do tributo à Chico Science, onde dessa vez comemorava os 30 anos do movimento.

O show começou a tarde e contava com várias bandas, quando chegamos, por volta das 20 horas, estava tocando a banda Orquestra Dumangue, onde estava deixando a galera parecendo que realmente foi ao show do Nação Zumbi (veja o que falei no Mada 2017)

Fale mais do show do tributo ao Chico Science

Fotos: Lara Paiva

Assim como Chico, a orquestra misturou ritmos tradicionais nordestinos com rock, funk e música eletrônica, criando um som único e inovador. Além disso, durante o show, foram tocadas algumas das músicas mais emblemáticas do músico, como “Maracatu Atômico”, “A Cidade” e “Rios, Pontes e Overdrives”.

O que mais me impressionou foi a energia e o talento dos músicos que se apresentaram. Eles conseguiram capturar a essência da música de Chico Science e transformá-la em algo ainda mais poderoso e envolvente.

Tanto os músicos quantos os organizadores ressaltaram a importância de Chico para a música brasileira e para a cultura do país como um todo.

Enfim, o tributo a Chico Science foi uma experiência incrível e deixou claro como sua música ainda é relevante e influente até hoje. Se você ainda não conhece a obra deste grande músico brasileiro, recomendo que o faça imediatamente. Você não irá se arrepender!

30 anos de Mangue Beat

Como mencionei acima, o Manguebeat estourou nos anos 90, no qual teve como integrantes o Fred Zero Quatro, Otto, Jorge Du Peixe, Karina Buhr, Chico Science e também

O nome “Manguebeat” vem da junção das palavras “mangue”, que é um ecossistema típico da região nordeste brasileira, e “beat”, que é uma referência à batida da música eletrônica que influenciou o movimento.

A sua principal finalidade é misturar as tradições nordestinas com a música eletrônica e o rock, criando um som novo e inovador. Além disso, eles usavam instrumentos tradicionais como a zabumba, o maracatu e o coco, e os combinavam com guitarras, baixos e baterias eletrônicas.

Além da música, o movimento Manguebeat também teve um importante papel na cultura e na política da região. Eles defendiam a preservação do ecossistema do mangue, que é uma importante fonte de vida para as comunidades locais, e lutavam contra o preconceito e a marginalização sofridos pelos moradores das favelas.

E o Chico Science?

Francisco de Assis França, mais conhecido como Chico Science, foi um cantor, compositor e instrumentista brasileiro nascido em Olinda, Pernambuco, em 1966, e falecido em 1997.

Chico Science foi um dos fundadores do movimento musical Manguebeat, que surgiu no final da década de 80 em Recife, capital de Pernambuco. O movimento propunha uma fusão entre a música regional nordestina, o rock, o funk e a música eletrônica, criando um estilo único e inovador.

Ao lado da sua banda, Nação Zumbi, Chico Science gravou dois álbuns clássicos, “Da Lama ao Caos” e “Afrociberdelia”, que revolucionaram a música brasileira. Suas letras abordavam temas como a cultura popular, a preservação do meio ambiente, a política e a história do Brasil.

Chico Science morreu em um acidente de carro em 1997, aos 30 anos de idade, deixando um legado musical e cultural muito importante para o Brasil e para o mundo. Seu trabalho influenciou gerações de artistas e abriu caminho para a valorização da música regional e da cultura nordestina em todo o país.

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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