Brechando/brechadas / Origem do feminismo em Natal

Origem do feminismo em Natal

feminismo em Natal

Em 2021, publicamos a segunda edição da Revista do Brechando, no qual explicamos a origem do feminismo em Natal. Saiba mais no Brechando!

Compartilhe:

Neste período, as estudantes potiguares deram a cara à tapa durante as manifestações contra o Governo Militar, nas quais muitas sacrificaram as suas vidas em favor da democracia. Durante a ditadura militar, as mulheres organizaram-se, independentemente de partidos políticos, idade e classe social, para formar uma militância.

Após a repressão do governo Médici, o feminismo só voltaria a brilhar novamente em meados da década de 70.

A segunda onda feminista em Natal

A Segunda Onda do feminismo surgiu na Ditadura Militar, visto que muitas mulheres sofreram repressão por conta do Ato Inconstitucional nº5 e, por isso, resolveram criar a própria luta contra a repressão daqueles que estavam no poder. A historiadora Janaína Sobreira realizou um estudo sobre os movimentos da Segunda Onda em Natal, do qual reproduzimos algumas informações relevantes a seguir.

Organizações do movimento negro, hippie e do operariado uniram forças para derrubar o regime. Entretanto, os livros de história destacam a força das mulheres, pois elas é que ficavam na linha de frente nas manifestações. As primeiras reivindicações eram por mais creches, além de exigirem anistia política, participação efetiva nos sindicatos e representações políticas diversas. Levavam as questões para as rodas de conversa em restaurantes, bares, praças e cinemas.

O ano era 1968

No ano de 1978, as universitárias Rossana Sudário, hoje integrante do Ministério Público, e Viveca Damasceno criaram o Centro da Mulher Natalense (CMN), cujo objetivo era esclarecer as mulheres de baixa renda sobre seus direitos sociais e trabalhistas, além de auxiliá-las na obtenção de conhecimento sobre o controle de natalidade e outros assuntos que eram considerados tabu, como uso de contraceptivos e o aborto.

Nesta época, o acesso ao mercado de trabalho era tema muito recorrente não só nas notícias que circulavam naqueles anos, mas amplamente discutido em vários grupos de mulheres e feministas.

Vale lembrar que na época, uma das séries da Rede Globo, “Malu Mulher”, discutia a história de uma mulher divorciada que lutava por direitos iguais.

Descrição do grupo

A ideia era bastante similar ao Centro da Mulher Brasileira, considerado o primeiro grupo feminista institucionalizado no Brasil.

A Viveca Damasceno é sobrinha de Maria do Céu Fernandes, eleita a primeira deputada estadual no Brasil pelo Rio Grande do Norte. Além disso, elas chamaram atenção por promover inúmeros debates na capital potiguar e distribuir material para conscientizar a população.

O movimento chamou tanto atenção que órgãos ligados à Ditadura Militar as investigaram. A Comissão da Verdade da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) conseguiu registrar esses dados e publicar em um relatório.

Páginas: 1 2 3

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

Clique aqui para saber mais.

Arquivos

Chuva de palavras

Alecrim Arte banda Brechando Brechando Vlog Campus Party carnaval Cidade Cidade Alta Cidades cinema Covid-19 Cultura curiosidades Dosol entrevista Evento eventos Exposição feminismo Festival filme filmes Historia lgbt livro Mada mossoró Mudanças Mulher Música Natal pesquisa Peça potiguar projeto Quarentena Ribeira Rio Grande do Norte RN Rolé Show Teatro UFRN ônibus