Além disso, eles superam os absorventes comerciais sintéticos. Um exemplo são as espumas de poliuretano, cuja sua produção é cara e é tão nocivo ao ambiente quanto o vazamento de petróleo. Como já dizia o ditado: “troca seis por meia dúzia”.
Produto poderia evitar o vazamento de óleo no RN
“O material tem origem natural, a partir das fibras da Calotropis procera, e é modificado com sal. Após a alteração de alguns processos térmicos e químicos, a fibra tratada resulta no produto final. Pode ser produzido em forma de manta, filtro, almofada ou barreiras de alta eficiência”, descreve Raoni Batista dos Anjos.
Uma possível aplicação da invenção evitaria o derramamento na costa do Brasil, que atingiu 11 estados entre 2019 e 2020. inclusive no Rio Grande do Norte. Como resultado, causou danos irreparáveis ao Planeta Terra. Comprometendo a vida marinha, à saúde humana, o turismo, lazer e economia, uma vez que a limpeza do local possui altos custos.
Um dos cientistas que integra o grupo de inventores, Raoni pontua ainda o alcance social da nova tecnologia no Nordeste, já que a Calotropis procera é uma planta abundante na Caatinga.
Larissa Sobral Hilário, autora da tese que dá origem ao produto, acrescenta que a escolha pela planta ocorreu por ser um material biodegradável e de alta capacidade natural de absorção – também denominada capacidade de retenção por capilaridade. Além disso, o processo de obtenção requer um curto tempo de preparação.
O depósito para o registro da propriedade intelectual do produto da UFRN que absorve petróleo ocorreu em dezembro. O estudo também conta com a participação de Djalma Ribeiro da Silva, Emily Cintia Tossi de Araújo Costa, Tarcila Maria Pinheiro Frota e Aécia Seleide Dantas dos Anjos. Para além da patente, a pesquisa rendeu três publicações internacionais em pesquisa de alto impacto.
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