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Quando os bondes foram extintos em Natal?

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Estamos em 2021, mas ainda vemos trilhos de bondes na Ribeira e algumas ruas da Cidade Alta. Os bondes, antes de serem excluídos de uma vez, eram o principal sistema do transporte público. Além disso, quase não existia a frota de ônibus e táxis ainda eram inexistentes. Mas, por que o sistema foi extinto? Quando…

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Estamos em 2021, mas ainda vemos trilhos de bondes na Ribeira e algumas ruas da Cidade Alta. Os bondes, antes de serem excluídos de uma vez, eram o principal sistema do transporte público. Além disso, quase não existia a frota de ônibus e táxis ainda eram inexistentes. Mas, por que o sistema foi extinto?

Quando os bondes chegaram na capital potiguar

Após os bondes puxados a burro que circularam em Natal a partir de 1908 no trecho que ia da rua dr. Barata até a Praça Padre João Maria, na Cidade Alta, o próximo transporte coletivo de Natal foi o bonde elétrico. Enquanto o bonde puxado a burro durou pouco mais de dois anos, o bonde elétrico circulo nas ruas de Natal, um total de 50 anos.

Em 1910 foram iniciados os estudos para instalação dos bondes elétricos. A empresa de melhoramentos de Natal, Vale Miranda&Domingos Barros contratou com a municipalidade o empreendimento, mediante empréstimo externo da França. Um ano depois, no dia 2 de outubro de 1911, são inaugurados com as mesmas solenidades, os serviços de bondes elétricos na cidade de Natal.

O progresso foi notável e as linhas começaram a se estender: em novembro de 1911, inaugura-se a linha para o Alecrim 1; em agosto de 1912 os bondes chegam a Petrópolis 2. Em agosto de 1913 inaugura-se nova linha que, partindo da avenida Rio Branco chegava ao Tirol onde está o Aero Clube e em 1º de fevereiro de 1915 à Praia de Areia Preta.

Por que foram extintos?

No início dos anos 20, a sociedade Vale Miranda & Barros, responsável pelos bondes, se desfez. Como resultado, o serviço de viação urbana passou para a Empresa de Tração Força e Luz que, desinteressando-se pelo empreendimento, visto que a empresa utilizou o serviço de bondes a segundo plano e a energia elétrica em primeiro lugar.

Além disso, os serviços começaram a ficar cada vez mais escassos.

Por isso, aos poucos, os bondes foram diminuindo, piorando, caindo a sua utilidade em meio a tantas reclamações. A Companhia não atendia às reclamações populares, chegando ao ponto de que em 1920 o governador mandar executar judicialmente a companhia concessionária.

Embora o gerente alegara que não há recursos, abandonando a empresa que ficou paralisada por cerca de dois anos. Houve intervenção, quando recomeçaram os trabalhos, precariamente, em 14 de setembro de 1923. Em agosto de 1927, a Prefeitura Municipal recebe e põe em tráfego novos bondes elétricos importados.

Já em outubro de 1930, o governo entregou esses serviços às empresas elétricas brasileiras, que os manteve até sua extinção

na década de 50.

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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