Hoje, vamos contar a história de Sandoval Wanderley, político e dramaturgo que hoje é nome de um famoso teatro no bairro do Alecrim.
Recentemente, o Teatro Sandoval Wanderley foi reinaugurado. Além das polêmicas sobre a sua administração, a Prefeitura terceirizou o serviço ao Sesc, dividindo a opinião dos artistas.
Em junho de 2024, o teatro considerou como Patrimônio Material de Natal, reconhecendo sua importância histórica e cultural para a cidade. Em 2017, obteve o reconhecimento do teatro como Patrimônio Cultural Imaterial da cidade.
No entanto, poucas pessoas sabem quem é Sandoval. Logo, hoje, vamos contar a sua história.
Sua biografia

Nascido em 27 de setembro de 1893 em Assu, Sandoval destacou-se como poeta, jornalista, escritor, ator, dramaturgo, diretor de teatro e político. Ao longo de sua vida, fundou e dirigiu diversos jornais e grupos teatrais, consolidando-se como uma figura central na cultura potiguar.
Sandoval Wanderley, nascido em Assu em 1893, deixou um legado marcante na política e na cultura do Rio Grande do Norte. Mudou-se para Natal em 1905 e, aos poucos, destacou-se como jornalista, fundando jornais como A Avenida e O Combate. O mesmo era opositor do Estado e exilando-se na Paraíba, mas retornou ao estado durante a Revolução de 1930.
Na política, foi deputado estadual (1934-1937) e vereador em Natal (1948). Entretanto, foi no teatro que encontrou sua maior expressão. Fundou o Conjunto Teatral Potiguar e o Teatro de Amadores de Natal (TAN), deixando 31 peças escritas. Obras como Binidito e Padre Miguelinho consolidaram seu nome como dramaturgo.
Após a sua morte
Em 1972, foi inaugurado em Natal o Teatro Municipal, mudou posteriormente o nome para Teatro Sandoval Wanderley, no bairro do Alecrim. O teatro tinha o objetivo de democratizar o acesso à cultura, especialmente para as camadas populares, o que lhe rendeu o apelido de “Teatrinho do Povo“.
Após um período de fechamento que se estendeu por 14 anos, desde 2009, o Teatro Sandoval Wanderley passou por um processo de requalificação iniciado no final de 2022.
As obras, orçadas em cerca de R$ 6 milhões, visaram modernizar e adaptar o espaço às normas contemporâneas de acessibilidade e segurança, preservando, contudo, características históricas, como a fachada original e o formato de arena com capacidade para aproximadamente 150 espectadores.
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