O Brechando primeiramente foi atrás dos números sobre as infecções por HIV e sífilis no Rio Grande do Norte, revelando um cenário preocupante
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) ainda assustam as pessoas. Em uma sociedade cada vez mais com a liberdade sexual, o uso de preservativos precisa ser cada vez mais enfatizado? Motivo, ainda há pessoas com ISTs graves, como HIV e Sífilis.
O Brechando primeiramente foi atrás dos números sobre as infecções por HIV e sífilis no Rio Grande do Norte, revelando um cenário preocupante que merece atenção e ações efetivas de combate às doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
Os dados vieram, portanto, do DataSUS, o sistema oficial de informações de saúde do Ministério da Saúde, e mostram um aumento significativo de casos no ano de 2024.
No que diz respeito ao HIV, o relatório aponta 292 casos de pessoas residentes no Rio Grande do Norte infectadas com o vírus. Além disso, um recorte sobre a cor/raça dos pacientes evidência das desigualdades: 34 são brancas, 9 pretas, 98 pardas, 1 indígena e um expressivo número de 153 com a informação ignorada, o que destaca lacunas no registro e análise dos dados.
A distribuição por grau de escolaridade também revisita um perfil específico. Jovens com ensino médio incompleto somam 21 casos, seguidos por 32 que estavam terminando o segundo grau e 18 com formação entre a 1ª e a 4ª série.
Em relação à faixa etária, a maior incidência de casos de HIV ocorre entre pessoas com idades de 30 a 39 anos, totalizando 87 indivíduos. Ademais, o número de homens infectados é significativamente maior, com 227 casos em comparação ao total geral. Refletindo um padrão comum nas estatísticas de HIV ao nível nacional.
Como está Sífilis?
A situação da sífilis é ainda mais alarmante, com 427 casos registrados no mesmo período. Desses, 234 estão concentrados na faixa etária de 20 a 39 anos, seguida pelo grupo de 40 a 59 anos, que soma 110 casos. Em relação à escolaridade, 24 pessoas infectadas concluíram o ensino superior, um dado que desmistifica a ideia de que a doença está restrita a populações e com menos acesso à educação formal.
Mais uma vez, os homens representam a maioria dos casos, com 279 infecções confirmadas. Este dado reforça, por conseguinte, a necessidade de campanhas de prevenção direcionadas ao público masculino e muitas vezes menos propenso a procurar atendimento preventivo ou ainda mais realizar testes de DSTs regularmente.
Os números apresentados pelo DataSUS expõem um quadro preocupante que demanda intervenções mais assertivas por parte das autoridades de saúde. Apesar dos avanços em relação ao tratamento e prevenção, como o uso do preservativo e a disponibilização da PrEP (Profilaxia Pré-Exposição). Os dados indicam que ainda há muito trabalho a ser feito no combate ao HIV e à sífilis no estado.
Com a maioria dos casos concentrados entre adultos jovens e uma predominância de homens infectados, torna-se fundamental intensificar ações educativas. Além disso, ampliar o acesso aos serviços de saúde e aos exames de detecção precoce.
Somente com informação de qualidade e políticas públicas efetivas será possível reverter. Portanto, esse cenário e garantir uma melhor qualidade de vida para as pessoas afetadas.
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