A Paraíba e o Rio Grande do Norte são estados que fazem fronteiras. Além disso, muito comum a visita constante dos paraibanos e potiguares. Inclusive, comum ver gente que nasceu PB morar no RN e vice-versa. Eu fui uma delas durante a primeira infância. E, 25 anos depois, voltei ao estado paraibano.
O motivo oficial era fazer o concurso das duas universidades federais. Mas, isto não quer dizer que não fiz turismo.
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Campina Grande
A primeira parada foi em Campina Grande, onde fui pegar um Bla Bla Car de Natal, uma vez que a passagem de ônibus estava custando o dobro do preço. Em três horas de estrada, você chega lá.
A cidade é bem pequenininha, mas me impressionou com a exagerada verticalização. Além disso, percebi que era movimentada e não apenas uma cidade movimentada apenas no São João.
A visita à cidade foi cerca de dois dias, mas foi impactante, atendia todas as necessidades do turista. As atividades a noite no Açude Velho eram interessantes.
Lá, você poderia conhecer a estátua do Jackson do Pandeiro, ir ao Museu de Arte Popular da Paraíba que é um prédio redondo projetado por Oscar Niemayer e fica sob as águas do açude, comer e beber nos bares da margem ou, até mesmo, realizar uma caminhada.
Se quisesse ir ao shopping, o Partage Campina Grande atende todas as necessidades e fica em um local bem central, próximo de dois supermercados e da rodoviária.
O Museu é dividido em três alas, no qual se divide em exposições fixas e temporária. Além disso, a programação de Campina Grande é cheia de bares e ótimas opções para comer bom, bonito e barato.
Saí com uma sensação de que poderia passar mais dias visitando.
João Pessoa
Voltei para Natal, trabalhei e no fim de semana estava de volta a Paraíba. Mas, desta vez, a sua capital: João Pessoa. A cidade faz parte da minha biografia, uma vez que minha primeira infância foi totalmente na região. Então, por mais que reconhecesse alguns lugares, houve mudanças abruptas.
Uma dessas mudanças foi o aumento da quantidade de bairros, uma vez que houve a divisão de alguns distritos. Além disso, o aumento populacional ocasionou no crescimento da frota de veículos, fazendo com que o trânsito ficasse insuportável até no sábado. E nem vou falar do prejuízo financeiro que os Ubers caríssimos.
Uma coisa é certa: o local é bonito e vale a pena dizer porque temos orgulho de ser do Nordeste. E mais uma vez, tenho lugar de fala: Não vejo diferença por Natal. Pelo contrário, acho que somos muito parecidos pelas atitudes e manias.
Muito bom ficar caminhando tranquilamente no calçadão e ver tranquilamente o movimento das três principais praias da região. Também é uma sensação gostosa em sentir a maresia assim que vai sair do shopping que fica a beira-mar, o Mag Shopping.
Sobre as praias, Tambaú tem bastante entretenimento. Além de tomar banho de mar, você pode visitar as inúmeras feirinhas de artesanato, andar pelo calçadão ou alugar bicicletas para fazer o passeio.
Diferencial
O único diferencial da viagem neste ano foi conhecer o Centro sem ser uma viagem de escola e sem ficar algum abençoado direto dizer que está melhor que a Ribeira. Primeiro, políticas culturais da Paraíba realmente são melhores que as terras potiguares, estimulando aos cidadãos em criar eventos, reformar prédios e ter mais manifestações artísticas.
Mas, tem o mesmo problema que o RN: o movimento é bom em horários específicos.
Também tenho que concordar que alguns prédios que estão super conservados e o policiamento na área é constante. Algo que você ver em Natal mais no Beco da Lama do que na Ribeira.
Visita ao Hotel Globo
O que mais gostei de visitar o centro histórico foi o Hotel Globo. Este simpático hotel fica na praça São Frei Pedro Gonçalves na esquina da igreja de mesmo nome.
Construído em 1929 pelo hoteleiro Henriques Siqueira (“Seu” Marinheiro), atualmente o hotel serve de museu, onde apresenta mobílias e peças de Art Déco utilizadas pelos hóspedes.
Conhecido também por apresentar uma bela vista para o Rio Sanhauá e ao pôr-do-sol de seu jardim.
Durante cerca de 15 anos, foi ponto de encontro da sociedade da época, desempenhando função bastante significativa, pois foi o primeiro hotel de 1ª categoria da cidade. Após a transferência do porto do Varadouro para Cabedelo em meados de 1935 e da Construção do Paraíba Palace Hotel, na atual Praça Vidal de Negreiros (Ponto de Cem Réis), o Hotel Globo viu-se em decadência com a falta de hóspedes até vir à falência total e o fechamento de suas portas. Durante as décadas de 40 e 50, o local serviu mais como um ponto de encontro para boêmios em busca de bebida e boa vida, do que como um hotel.
Hoje funciona como museu, onde abriga a exposição permanente de parte do mobiliário do Hotel, além de um acervo de arte popular, e no primeiro andar do prédio localiza-se atualmente o Consulado Espanhol na Paraíba.
A igreja
Após ir ao Hotel Globo, fomos a igreja São Frei Pedro Gonçalves, cuja cor amarelada e as iniciais do santo já demonstram claro a identificação do espaço. A igreja atual foi construída em 1843, foi edificada por mão de obra escrava, mas com recursos provenientes de contribuições de comerciantes e pescadores, que se instalavam na antiga Rua Direita (atual Rua Duque de Caxias). O templo tem como seu padroeiro, São Frei Pedro Gonçalves, espanhol, canonizado pela Igreja Católica no século XII, padre da Ordem dos Pregadores, também conhecida como “frades dominicanos”.
A ele é atribuída a proteção aos navegantes e marinheiros. Este santo também é um dos patronos de Buenos Aires, capital da Argentina. Nos países de língua espanhola, ele é conhecido por seu segundo sobrenome: San Telmo.
Durante as escavações na parte interna e em seus arredores, ocorrida no mesmo período da restauração, foram encontradas vestígios de construções do período da fundação da então Capitania da Paraíba, no ano de 1585: uma fonte em que os arqueólogos acreditam ter abastecido a população do forte instalado próximo, túneis para drenagem de água, ossos humanos e material em ferro e cerâmica. Moedas do século XVIII também foram encontradas.
E na escadaria dá para ter uma bela vista do rio Sanhauá.
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