Januário Cicco é filho do italiano Vicente de Cicco e da mipibuense Ana de Albuquerque de Cicco. Com uma educação estruturada a partir de professores particulares, o jovem interiorano tinha como primeira intenção o sacerdócio.
Contudo, encontrou na Faculdade de Medicina da Bahia um lar e, na própria área, valores. O ano de 1906 marcou o seu regresso para o Rio Grande do Norte, quando começou definitivamente a sua carreira no bairro da Ribeira.
À época, Natal contava com pouco mais do que 20 mil habitantes, distribuídos basicamente na Ribeira e na Cidade Alta.
O mesmo tem o reconhecimento de ser o fundador o hospital universitário. Sua importância ao hospital universitário fez com que recebesse o nome da maternidade da instituição.
Januário Cicco quem idealizou o Onofre Lopes
O começo do século XX, Natal passou por uma crise de varíola, culminou na falta de vaga para sepultamentos. Além disso, a cidade precisava de uma estrutura que pudesse atender a população. Logo, Januário Cicco falou ao então governador sua aflição com a desassistência aos mais pobres e como, na visão do médico, uma unidade hospitalar bem estruturada era algo de real emergência para a cidade.
No alto do Monte Petrópolis, na casa de veraneio do então governador Alberto Maranhão, localizada na atual Avenida Nilo Peçanha, em Natal, acontece a fundação do Hospital de Caridade Juvino Barreto (HCJB), primeira obra idealizada por Januário Cicco.
Era 12 de setembro de 1909 e o terreno da habitação era favorável para o tratamento de pacientes, tendo em vista que a casa era próxima do mar e a medicina da época acreditava que os ventos vindos da praia ajudavam na cura dos enfermos.
Januário trabalhou na unidade por 18 anos, inclusive atuando na diretoria.
Mudança do nome aconteceu
No ano de 1935, após uma profunda reforma, a casa de saúde passa a se chamar Hospital Miguel Couto (HMC), em homenagem ao médico de renome nacional. Além disso, em 1952, a administração passa para a Sociedade de Assistência Hospitalar (SAH), entidade criada visando diminuir os entraves burocráticos.
Mas para o nome Onofre Lopes essa mudança aconteceu há exatos 40 anos. Em 10 de fevereiro de 1955, com a criação da Faculdade de Medicina, fato que transforma a unidade em campo para a prática da saúde no Rio Grande do Norte.
Em 1960, após a morte do seu idealizador – oito anos antes –, o hospital é federalizado e integrado, portanto, à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Já em 1984, passa a se chamar definitivamente Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), em homenagem ao fundador da UFRN.
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