Sabia que o RN tem uma patente de um programa de computador que ajuda na acessibilidade de um cadeirante? A Universidade Federal do Rio Grande do Norte realizou o registro no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) de um software capaz de treinar PCDs. Esse programa foi feito pelo doutorando da instituição de ensino José Carlos Gomes da Silva. Professor de Educação Física, de formação, ele trabalha como voluntário do Instituto Santos Dumont (ISD);
Em entrevista para assessoria de imprensa da UFRN, o José Carlos explicou que o “software surgiu de uma necessidade de tentar diminuir o risco de acidentes de cadeirantes, causando uma lesão muito alta”. O nome do programa é “Simulador de controle de cadeira de rodas”, o projeto contou com a parceria do Instituto de Ensino e Pesquisa Alberto Santos Dumont.
“Por ter poucos movimentos do membro superior, ou quase nenhum, a utilização de uma cadeira de rodas é difícil. Entretanto, o uso da cadeira continua sendo muito importante. Até para dar uma certa mobilidade de se locomover, para ter mais autonomia, ou seja, qualidade de vida. Quando a pessoa tem uma deficiência dessa por completo, acaba precisando, portanto, em usar o movimento do ombro. Logo, o risco é ainda maior de sofrer um acidente”, pontuou.
A origem do programa desenvolvido pelo RN para cadeirante
José Carlos acrescenta que a ideia surgiu por meio de um aluno que trabalha com programação no ISD, instituição localizada na cidade de Macaíba que atende também pessoas com dificuldade de locomoção.
“Como profissional da saúde, vejo mais o lado da utilização, de como esse ambiente pode ser construído, ou se tem obstáculos, por exemplo. No programa a gente trabalha com fases: à medida que o paciente vai evoluindo, as fases vão sendo dificultadas. Nessa dificuldade, a gente tem como fazer a manipulação do ambiente, trabalhando em cima da característica do próprio paciente. Isso porque o nível de um paraplégico é diferente do nível de um tetraplégico, pois o movimento que o tetra faz é com o ombro, usando a mão”, salienta o professor de José Carlos.
Por fim, o projeto contou com a participação de nove cientistas. Os membros são Alex Batista da Costa, Breno Guilherme de Araújo Tinoco Cabral, Edgard Morya, Fabíola Rodrigues de França Campos, Fábio Ricardo de Oliveira Galvão, José Carlos Gomes da Silva, Luiz Henrique Bertucci Borges, Paulo Moreira Silva Dantas e, por fim, Fábio Ricardo de Oliveira Galvão.