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Retrato do Natal em Natal de 1902

Como era o Natal em Natal das antigas? E se fosse no ano de 1902? Essa curiosidade vamos matar. Diferentemente de hoje que tem uma senhora festa, com artistas locais e nacionais, a celebração era um pouquinho diferente. Em uma incrível viagem ao passado, o Brechando desenterrou um relato fascinante sobre as festas de Natal…

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Como era o Natal em Natal das antigas? E se fosse no ano de 1902? Essa curiosidade vamos matar. Diferentemente de hoje que tem uma senhora festa, com artistas locais e nacionais, a celebração era um pouquinho diferente.

Em uma incrível viagem ao passado, o Brechando desenterrou um relato fascinante sobre as festas de Natal de 1902. Logo, achei este recorte no jornal “A República”, no qual relatava um pouco de como foi a festa de importantes figurões da cidade.

Preparem-se para uma jornada no tempo e descubram como eram celebradas as festividades há mais de um século.

Veja o texto completo, portanto, a seguir:

Festa do Natal

Se estiveram mais animadas esse ano as festas de Natal. Projetados a benzer a soleira da porta princi­pal da Ermida dos Reis Magos, que vai ser no alto do Morro do Morcego, entre as chácaras do coronel Joaquim Manuel e capitão Theophilo Brandão, e obtidas licença do prelado diocesano, no dia 24, às cinco horas da tarde, tendo-se preparado uma rústica capelinha e embandeirando o local. O monsenhor José Paulino, perante uma assistência ilustre de três cavalheiros e discretas senhoras, com a presença do excelentisimo governador do Estado, benzeu a pedra, que trazia a seguinte inscrição: C. S. R. M: 24-12-902.

Seguiu-se mais tarde cheia, em qual bem se pude avaliar. O que será a festa populares dos Santos Reis, quando for construída a capela. As residencias do coronel Joaquim Manoele coronel Theophilo Brandão estavam cheias de família, notando-se grandes aglomerações de gente nas imediações da capela.

A noite houve continuadas distrações na casa do coronel Joaquim Manuel: fandangos, lapinhas e danças. Também dançou-se em casa do capitão Theophilo, até a primeira cantada do galo, a sineta chamou os fiéis ao santo sacrifício da missa.

A estrada da Cidade Nova que vai de Cidade Nova ao Morro estava apinhada de gente, cauculando-se em mais de mil pessoas se dirigiram à Capela de Santos Reis. Mas… o homem põe, Deus dispõe.

Nesta ocasião, quando monsenhor, José Paulino se preparava pata tomar as vestes sacerdotais e celebrar a missa, caiu um forte aguaceiro, que pôs todo o pessoal em debandada, continuando a chuviscar, de modo que, às 08 horas da manhã, pode ser celebrado a missa. As outras missas em diversas igrejas e capelas da cidade foram igualmente muito concorridas muito concorridas. Não houve a menor perturbação da ordem.

Na Cidade Alta; sobresaiu a rua Visconde do Rio Branco, que esteve bem iluminada, desde a praça Auta de Souza até a casa de residencia do coronel Francisco Heroncio, notando-se ali grande frequência.

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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