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O que era a “marmita” na Segunda Guerra Mundial?

Segunda Guerra Mundial

O período da Segunda Guerra também era baseado em festas, no qual muitas mulheres eram incentivadas a namorar os estrangeiros que estavam circulando em Natal e isso era bastante estimulado pela população local . Da Praça Augusto Severo, na Ribeira, saía o ônibus que transportava as meninas para as festas na base americana de Parnamirim.…

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O período da Segunda Guerra também era baseado em festas, no qual muitas mulheres eram incentivadas a namorar os estrangeiros que estavam circulando em Natal e isso era bastante estimulado pela população local . Da Praça Augusto Severo, na Ribeira, saía o ônibus que transportava as meninas para as festas na base americana de Parnamirim. O ônibus era chamado pejorativamente de “marmita”. Sim, o termo era bem machista, para se referir que aquelas mulheres seriam “comidas” pelos americanos.

Era normal que as pessoas gritassem quando o ônibus passava: “Olha a Marmita”.

Os bailes ou momentos dançantes tiveram que encontrar seu espaço para serem realizados e para isso fundaram-se associações recreativas, ou alugaram-se instalações existentes. Com destaque ao Aéreo Clube e a Associação Hipica; onde mais se realizavam essas danças era na própria Base de Parnamirim. Observa-se que na Base, os bailes de sábado, eram restritos aos americanos, enquanto no domingo eram aqueles destinados ao público em geral – os “For All”. A juventude natalense, vibrava intensamente com esses bailes, a ponto de dispor de transporte especial.

Dizem que o termo For All foi que surgiu o estilo musical Forró, apesar de haver algumas controvérsias.

Nesta época, cerca de 10 mil americanos se instalaram em Natal, cuja população era de aproximadamente 55 mil habitantes. O grupo de estrangeiros costumava gastar muito dinheiro em Natal. Isso incrementou o comércio natalense.

Neste período, as mulheres, por exemplo, começaram a adotar costumes americanos. Elas passaram a ir sozinhas ao comércio. Para o resto do país, as natalenses eram vistas como modernas, aquela crítica machista mesmo. Algumas casaram com  americanos e deixaram para trás o país. Os registros de Câmara Cascudo apontam que cerca de 32 mulheres casaram com norte-americanos.

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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