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Obra de Xico Santeiro de volta ao interior do Rio Grande do Norte

O potiguar Joaquim Manoel de Oliveira retratou a cultura do sertanejo utilizando apenas um canivete e madeira. Suas obras estão em uma exposição fixa dentro do Museu Câmara Cascudo, mas agora vai voltar para o Sertão, mais precisamente no município de Caicó. A exposição Xico Santeiro – Uma escola de arte popular será montada no…

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O potiguar Joaquim Manoel de Oliveira retratou a cultura do sertanejo utilizando apenas um canivete e madeira. Suas obras estão em uma exposição fixa dentro do Museu Câmara Cascudo, mas agora vai voltar para o Sertão, mais precisamente no município de Caicó. A exposição Xico Santeiro – Uma escola de arte popular será montada no Ceres Caicó, como parte da programação do VII Colóquio de História Cultural e Sensibilidades, que acontecerá de 6 a 10 de novembro.

A exposição reúne peças de Santeiro feitas entre as décadas de 1960 e 1970, hoje o Museu Câmara Cascudo possui a maior coleção das obras de Santeiro, outras instituições que possuem são a Escola Doméstica de Natal e Museu de Arte da Universidade do Ceará.

Nascido em 1898, na cidade de Santo Antônio do Salto da Onça, começou esculpindo imagens religiosas em madeira para igrejas, capelas e oratórios domésticos, tendo aprendido a profissão com o pai, que também era “imaginário”. Na década de 1940 fixou residência em Natal e começou a criar para colecionadores e turistas, expandindo o repertório para os temas regionais (Lampião e Maria Bonita, retirantes, carro de boi, etc.) e iniciando membros de sua família no ofício da escultura, como a filha Irene e seu genro Zé.

Além de tipos populares urbanos e rurais, também reproduziu personagens famosos como Buda e o empresário Assis Chateaubriand.

Xico Santeiro e seus discípulos, ele entre sua filha Irene e seu genro Zé Santeiro.

Na década de 1950 Xico tornou-se bastante conhecido graças a uma apresentação feita por Câmara Cascudo do escultor no Jornal “A República”. Xico ganhou então notoriedade e consagrou-se como um ícone e símbolo da arte popular no Estado do Rio Grande do Norte. Assinava suas obras como Xico Santeiro, com “x” mesmo, e foi um dos primeiros artistas populares reconhecidos e valorizados em todo o Brasil e também no exterior, ao lado de nomes como o do ceramista pernambucano Mestre Vitalino.

Uma das obras de Xico Santeiro

A fama de Xico Santeiro foi ganhando cada vez mais destaque a ponto de ganhar a admiração do prefeito Djalma Maranhão que foi quem criou o 1º Museu de Arte Popular do Rio Grande do Norte e doou uma pequena casa ao escultor.

A exposição será realizada das 8h às 11h30 e das 13h às 17h30. Outras informações pelos telefones (84) 9 9229-6575 e 9 9656-5456 com o professor Abraão Sanderson.

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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