A música “Quatro vezes você”, do Capital Inicial, relata que muita gente realiza diversas atividades esquisitas quando estão sem ninguém por perto. Apesar de ficarmos cantando direto, muitas vezes esquecemos de prestar atenção na profundidade da letra assinada por Alvin L e Dinho Ouro Preto. O que você faz quando ninguém te vê?
Isso também lembra de um episódio de Black Mirror, um garoto é ameaçado em ter seus vídeos íntimos hackeados (feitos em um momento de intimidade) divulgados na internet e foi forçado a fazer inúmeras atividades estranhas. Apesar da estranheza de como a série mostrou, a vida real está bem próxima.
Hey, você conhece seu colega de faculdade muito bem?
Vocês entram no mesmo ano em um curso da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), saem juntos, fazem calourada, jogam CS (Counter Strike), confessa os seus segredos e se encontram todos os dias. Uma das poucas pessoas que você o considera amigo. Porém, você sabe quem são os seus amigos? O que ela faz quando você não o vê ?
Este questionamento é feito agora por um grupo de estudantes de psicologia da universidade citada, quando um colega de curso foi preso em Parnamirim, região Metropolitana de Natal, e, depois, conduzido para a cidade de Brasília, no qual responderá pelo crime de estupro virtual. Além disso, uma das matérias disse que chegou a ironizar os policiais dizendo que eles demoraram demais para o encontrar. Como assim?
Exatamente o que você está lendo! Mas, a história será bem pior o que vou narrar a seguir.
O rapaz na internet se fingia a partir de um perfil fake e conversava com outras meninas. Lá, ele (no papel de ela) pedia para que as amigas mandassem nudes. Após a troca, ele “tirava a máscara do fake” e começava a extorquir as jovens para que não colocasse os vídeos e fotografias íntimas na internet. O dito cujo chegou a cobrar 1000 reais para uma delas, que denunciou o caso para Polícia Civil do Distrito Federal.
O assunto parou no programa Cidade Alerta da Record e as pessoas rapidamente reconheceram a silhueta daquele corpo censurado na reportagem. O seu nome virou trending topics pelo os usuários natalenses do Twitter.
O seu perfil foi compartilhado no Facebook, ao contrário do que a imprensa fez, sob o argumento de que o Código de Ética diz que a fonte, no caso Polícia Civil de DF, tem o direito de divulgar e guardar qualquer informação da investigação. Além disso, citar o nome do cara sem uma prova em mãos pode rolar processo.
Porém, os colegas de faculdade confirmaram que o Matheus, nome do rapaz, está preso. Por enquanto, a imprensa do RN está em silêncio. O assunto, todavia, é bastante grave, visto que acharam no computador do rapaz muitos arquivos incriminatórios e que pode ter assediado mais de 1000 mulheres em cinco anos. Sem contar que uma das meninas vítimas dele em DF era menor de idade.
Nesta mesma rede social, muitos ex-colegas e mulheres estão usando a rede social para desabafar o choque de saber que uma pessoa tão próxima pode ser tão cruel. Algumas falaram que “fazia sentido algumas desculpas, como não ir às aulas por conta das fortes enxaquecas e pegar o celular das amigas como zoeira”.
Outras falavam que ele era tímido e tinha mania de fazer cócegas nas amigas, mesmo elas dizendo não.
Além disso, algumas relataram que o perfil com mesmo nome que utilizava para atacar as vítimas já chegou a aborda-las para uma possível amizade.
O que aconteceu com este rapaz de 23 anos mostra que ninguém é bonzinho e que os criminosos não são apenas aqueles retratados nos filmes nacionais e programas policiais. A coisa pode ser bem pior. A vida é muito mais que as séries do Investigação Discovery.
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