1º de maio, dia que o Le Cirque falou que iria deixar a capital potiguar e esta era a curiosidade de muitos natalenses. O circo dividiu o último dia em três sessões: 15h30, 17h30 e 20h30. Como era um feriado – além de ser uma das poucas opções de entretenimento na cidade no dia – uma boa parte dos papa jerimuns topou em pagar os ingressos, que custava 10 reais a arquibancada. O circo francês veio à cidade no final do ano passado e passou seis meses.
Presenciou o Natal, Ano Novo, Carnaval e Semana Santa, praticamente virou um ponto turístico da cidade, as pessoas queriam acreditar que ele iria embora.
Claro que o blog foi brechar o último dia do Le Cirque e foi logo na primeira sessão. Geralmente, o primeiro horário é bem mais tranquilo. Na teoria; pois na prática estava muito complicado em estacionar e os caminhões do circo já estavam preparados para desmontar assim que acabasse o último espetáculo. A primeira coisa que chama atenção é um palhaço segurando uma placa escrita em francês “Vamos ao Circo” para parecer uma garantia de que era da França mesmo.
Comprei o ingresso e rapidamente fui me sentar, ignorando a praça de alimentação cheia de pipoca, salgadinho, pirulito e maçã do amor. Percebi logo que o pessoal do circo faz de tudo um pouco, visto que o rapaz que estava destacando o canhoto do ticket estava com uma roupa brilhante e perto de fazer alguma apresentação. Depois, eu constatei que era mesmo, após lhe reconhecer no picadeiro.
Por falar no picadeiro, ele tinha um estilo arena, fazendo com que o público ficasse muito perto dos artistas. Sentei na terceira fileira e dava para ver perfeitamente. Fiquei impressionada que o Le Cirque tinha bastante gente para primeira sessão. Aqui tentei uma panorama para mostrar como estava:
Tinha gente de todas as idades indo ao circo, tinha o casal de namorados, amigos, família toda reunida, idosos, adolescentes, crianças e mãe ou pai com o bebê. A página do Le Cirque mostrou que no último dia uma idosa de 92 anos que veio despedir do circo e era a quarta vez que ela assistia o espetáculo:
Inicialmente, começou com a apresentação de acrobacias feitas por uma dupla. À medida que a performance complicara, mais as pessoas ficavam gritando “Uau” e eles não paravam, fazia com que a gente ficasse hipnotizado logo na primeira atividade. A plateia rapidamente começava a interagir com os artistas e isto durou o espetáculo inteiro.
Entre o intervalo e outro aparecia uma dupla de palhaços, no qual um era o mais velho e o outro o mais novo, mas quem roubava a cena era o segundo mais citado, pois ele fazia as piadas e provocando risada na plateia. Depois veio a mulher com tecido acrobáticos, no qual vendo ela fazendo parecia ser algo fácil, mas sei que não é. A cada pirueta que fazia sobre o tecido, mais o pessoal gostava.
Ainda tinha um casal da Mongólia que fez aquele truque de trocar a roupa rapidamente que a gente assiste na televisão, que até hoje quero descobrir como eles fizeram isso. Eles trocavam de um vestido curto para um longo ou um terno numa questão de segundos.
Na verdade, as pessoas enlouqueceram mesmo quando apareceu um Transformer (o Bubblebee para ser mais exata), que era um robô de aproximadamente três metros construído pelo circo usando a lataria de um Camaro. Fazendo com as crianças ficassem doidas para ver o carro mais de perto. Deu a hora do intervalo de 15 minutos e uma fila imensa para tirar foto com o robô apareceu. Mesmo faltando alguns segundos para o espetáculo voltar, as pessoas ainda queriam tirar foto com o Transformer.
Enquanto isso, fui procurar algo para beber e comer. Parte ruim: as comidas eram muito caras e eles não aceitavam cartão de débito. Uma ruffles custava 10 reais.
O Circo trabalha muito bem os personagens da cultura pop, pois também tinha Homem-Aranha e um Homem de Ferro, fazendo com que as crianças gritassem igual às fãs do Luan Santana quando anunciavam os super-heróis.
A parte final foi a que mais gostei, pois era o show dos motociclistas. Não tinha Globo da Morte, mas eles fizeram diversas acrobacias de um canto para o outro do circo, fazendo com que a galera pirasse. Algumas vezes chegavam no ponto mais alto do circo.
Por fim, o Le Cirque terminou com todos os artistas dançando a música “Uptown Funk”, do Bruno Mars e agradecendo os natalenses pela vinda.
A próxima parada é em Recife. Claro que os natalenses já criaram um meme sobre assunto. Veja:
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