Completamos 54 anos do Golpe Militar, no qual 21 anos integrantes da Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) comandaram o país com o objetivo inicial de se livrar o Brasil de um possível comunismo vindo da então gestão de João Goulart, conhecido popularmente como Jango. Na madrugada de 31 de março para 01 de abril caminhões invadiram as ruas do Brasil alegando a queda do governo e uma possível gestão que na verdade foi marcada por torturas, perseguições políticas e com um apoio exagerados dos Estados Unidos, uma vez que estávamos no auge da Guerra Fria, batalha do país americano com a União Soviética (hoje Rússia) para saber quem mandava mais.
O Rio Grande do Norte também não escapou das atrocidades e vários estudantes e intelectuais potiguares que lutavam por um governo onde os civis pudessem dizer o que queriam foram torturados, perseguidos e mortos em vários lugares na cidade. Assim como em outras capitais brasileiras, a gente também teve um próprio porão do Dops, no qual apontam que seria o prédio do Instituto Técnico-Científico da Polícia Militar (ITEP), equivalente ao Instituto Médico-Legal em outros estados.
O que é isso? Era o nome da Delegacia de Ordem Política e Social (Dops), onde algumas pessoas ainda insistem em fazer piadas, inclusive criando um bloco de carnaval em São Paulo. Foi um órgão do governo brasileiro, utilizado principalmente durante o Estado Novo e mais tarde na Ditadura Civil-Militar. O órgão, que tinha a função de assegurar e disciplinar a ordem militar no país, foi instituído em 17 de abril de 1928 pela lei nº 2304 que tratava de reorganizar a Polícia do Estado.
Através de muita pesquisa, principalmente em sites relacionados à Direitos Humanos (principalmente o DH Net, formado por familiares e vítimas de perseguidos da Ditadura Militar), o Brechando achou um dos lugares que serviram para castigar aquelas pessoas que eram contra o regime. Alguns são até esperados e outros vão surpreender. Confira o resultado a seguir:
Base Aérea de Natal – Próximo do Aeroporto Augusto Severo em Parnamirim
Documentos da Comissão da Verdade alegam que a Base Aérea foi um dos locais mais utilizados para torturar aqueles que eram contra o regime instalado na década de 60. Antes do Golpe Militar, durante o Estado Novo, a Base Aérea também foi utilizada como local para tortura de pessoas consideradas comunistas. Luiz Maranhão, morto pela Ditadura, por exemplo, entrou para o Partido Comunista Brasileiro em 1945 e, em 1952, foi preso e torturado pela Aeronáutica, em Parnamirim (RN).
Base Naval no bairro do Alecrim
Memorial Câmara Cascudo
Hoje o prédio visa em homenagear o folclorista Câmara Cascudo em um prédio do século XVIII erguida para servir de sede ao Real Erário e posteriormente a Tesouraria da Fazenda. Durante a Ditadura Militar era a sede do Memorial Câmara Cascudo, onde muitos jovens foram torturados e mortos na dependência do prédio.
Quartel da Infantaria na Avenida Hermes da Fonseca
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