A gente olha a presença constante do potiguar Rogério Marinho no Governo Federal. Primeiramente, ele atuou como Secretário da Previdência, defendendo a Reforma da Previdência, assim mudando a aposentadoria. Além disso, ele tomou posse como Ministro do Desenvolvimento, com o objetivo de ajudar no fomento de áreas mais pobres.
Recentemente, as notícias mostram a rivalidade entre Marinho com o Ministro da Economia, Paulo Guedes. Mas, este não foi o único escândalo político do ex-deputado federal, visto que no início de sua carreira teve seu nome dentro da Máfia do Saco Preto, na época que atuava como aliado de Wilma de Faria.
A matéria será divida, portanto, nestes seguintes tópicos (clique nos nomes para ir direto ao ponto):
Afinal, quem é o Rogério Marinho?
Apesar de não parecer, o Rogério Marinho tem família com tradição política, uma vez que seu avô Djalma Marinho foi deputado estadual e sete vezes deputado federal. Sabe que foi formado em Economia, na Universidade Potiguar (UnP), quando ainda era (Unipec).
A sua biografia da Fundação Getúlio Vargas apresenta algumas contradições, visto que alguns momentos diziam que ele começou a sua carreira política no Centro Acadêmico e no Diretório Central dos Estudantes. Entretanto, ele se formou apenas em 1991 e em 1983 a 1986 já foi funcionário da Secretaria Municipal de Obras e Viação da Prefeitura de Natal, entre 1983 e 1986, na gestão do prefeito biônico Marcos Formiga.
No ano seguinte, por sua vez, foi professor de Escola Estadual, ensinando história, geografia e matemática.
Wilma de Faria apadrinhou a sua carreira política
Em 1989, a Wilma de Faria assumiu a Prefeitura pela primeira vez. Rogério, portanto, se tornou sub-prefeito da Zona Oeste. Durante o mandato de Wilma, ainda foi Secretário das Regiões Administrativas da Prefeitura.
No ano seguinte, ele se filiou ao então partido da então prefeita, o Partido Socialista Brasileiro (PSB). Nesta mesma época, ele era assessor especial de Aldo Tinôco, prefeito de Natal, que inicialmente tinha apoio de Wilma.
Por muitos anos, Aldo foi considerado o pior prefeito de Natal, antes de Micarla de Souza.
Diferente de Aldo, Rogério Marinho conseguiu adentrar na política. Nas eleições de 1994 candidatou-se à Assembléia Legislativa, com 2.930 votos, mas não conseguiu se eleger deputado estadual. No entanto, um ano depois, assumiu o diretório municipal do PSB no RN.
Anos 2000 e o ínicio da era de vereador
No ano de 1997 atuou na Secretaria Municipal de Ação Social, como coordenador de programa de qualificação social. No mesmo ano, Wilma de Faria o convidou para assumir como Secretário Municipal de Administração e Planejamento. Além disso, passou dois anos atuando como assessor técnico nos estados de Pernambuco, Alagoas, Ceará e Rio Grande do Norte.
Nas eleições de 2000 candidatou-se a vereador de Natal e conquistou a vaga de suplente na Câmara Municipal.
Após a saída de Wilma, para se candidatar a Governadora, ele continuou na gestão de Carlos Eduardo na Prefeitura do Natal.
Nas eleições municipais de 2004 candidatou-se novamente a vereador e foi eleito com a terceira maior votação da cidade, com 9.009 votos. Como consequência, foi eleito para presidir a Casa.
Além disso, durante seu mandato, criou a Federação das Câmaras Municipais do Rio Grande do Norte (FECAM-RN), no qual os vereadores de todas as cidades se unem para debater ideias em comum.
Nas eleições gerais de 2006, por conseguinte, candidatou-se a deputado federal, sendo eleito com 130.063 votos. Dois anos depois, ele se desfiliou ao PSB e entrou no PSDB. É aí que entra a história da Máfia do Saco Preto.
Máfia do Saco Preto
O escândalo político aconteceu em 2009 a partir de uma denúncia de Fernando Lucena, então presidente do Sindicato dos Profissionais da Limpeza. Na reportagem para o Nominuto, Lucena denunciou um esquema corrupto dos donos das empresas de lixo e a Urbana, empresa municipal responsável pelo lixo de Natal.
A intenção era adulterar os lixos para pesar mais e assim pagar o valor mais caro do que era originalmente. Por isso, os sacos continham bastante areia ou de água.
Não estou entendendo nada, o que é isso? Eles deixavam o lixo assim para que quando o caminhão de lixo coletasse e entregasse aos entulhos, o preço do saco ficaria mais caro.
Na época, o custo de uma terceirizada para pegar o lixo era 82 reais por tonelada, enquanto um serviço feito pela Urbana era R$ 8. Por que a Urbana preferia pagar pelo mais caro? Este é o mistério que dura até hoje.
Onde entra Rogério Marinho na história?
A reportagem do Nominuto, feita por Delma Lopes (na época editora do portal) e Luana Ferreira, constatou que a folha de pagamento das empresas terceirizadas mais que duplicou nos últimos quatro anos, desde que Josenildo Barbosa ocupou a presidência da Urbana por indicação do então presidente da Câmara Municipal, Rogério Marinho (PSB).
Por isso, o apelido interno em Natal de Rogério Marinho é Saco Preto (Pesquise no Google: Rogério Marinho + Saco Preto).
Quando Barbosa assumiu, em 2004, os custos com serviços terceirizados da empresa eram de R$ 25 milhões e pularam para R$ 60 milhões em 2008. Entretanto, o lixo de Natal não tinha aumentado o seu volume.
O aliado de Rogério perdeu o cargo em setembro de 2008 para Alexandre Jacaúna, na época das convenções partidárias para as eleições municipais.
Fim da parceria Wilma e Rogério Marinho
Uma das teorias políticas disse que esta grana tinha como objetivo inicial a campanha de Rogério Marinho para prefeito, porém Wilma decidiu apoiar a candidatura de Márcia Maia no Executivo Municipal. Assim, surgiu a briga dos dois e Marinho migrou para o PSDB.
No final, Rogério Marinho se candidatou com apoio de Agripino Maia e Wilma se candidatou como vice-prefeita de Carlos Eduardo, sendo a chapa vencedora.
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