Tem umas ruas de Natal que a gente não sabe de jeito nenhum quem foi o homenageado. Muito menos se fez alguma coisa pela capital do Rio Grande do Norte. Falamos sobre quem era Salgado Filho, que, por sua vez, é nome de uma das principais avenidas da cidade. Mas, até hoje não sabemos quem foi Romualdo Galvão. Bem…hoje vamos acabar com isso e explicar quem foi esta pessoa que é nome de uma das principais ruas, que liga os bairros de Lagoa Nova e Tirol, além de ser extremamente comercial.
Primeiramente, Romualdo Galvão foi ex-prefeito de Natal e também de Mossoró. Na verdade, ele foi o quarto Chefe do Executivo Municipal da cidade natalense, quando surgiu a República do Brasil. Ele ficou no cargo entre 31 de agosto de 1904 até 1 de janeiro de 1916. O detalhe é que ele não foi eleito de forma direta, uma vez que foi nomeado pelo governador do Estado, que na época era Joaquim Ferreira Chaves.
Por falar em Ferreira Chaves, ele foi o primeiro governador do Rio Grande do Norte eleito pelo povo através do voto em aberto. Essa eleição recebeu o nome de “voto de bico de pena”. Assim, Ferreira Chaves obteve 10.342 votos, contra 705 do opositor Moreira Brandão.
Romualdo Galvão, no entanto, saiu do Município e Vicente Inácio Pereira virou o novo prefeito, indicação do governador Alberto Maranhão. Diferente de Galvão, Pereira ficou apenas três anos no cargo. A seguir, a única fotografia que achei do político Romualdo Galvão. Confira:
Um pouco mais sobre Romualdo Galvão
Romualdo pertencia à uma importante família do Oeste Potiguar. Romualdo Lopes Galvão nasceu em 7 de fevereiro de 1853, em Campo Grande. Era filho primogênito de João Lopes Galvão, Coletor de Rendas Gerais naquela localidade e Maria Ferreira de Melo, da família Cascudo. Neto paterno de Cipriano Lopes da Rocha, natural de Currais Novos e Rosaura Albuquerque Galvão, natural de Campo Grande.
Como importante membro da Loja Maçônica “24 de junho”, ele lutou pela abolição dos escravos em 1883. Galvão foi um dos mais ardorosos e influentes abolicionistas, salvo juntamente com sua esposa Amélia Dantas de Souza Galvão. Comerciante de destaque na cidade com casa de fazendas, exportadora de algodão e de peles, situada na Praça 06 de Janeiro, atual Praça Rodolfo Fernandes.
No ano de 1883, tornou-se prefeito de Mossoró e depois se mudou para capital potiguar. Além de ser prefeito das duas maiores cidades do Rio Grande do Norte, nesse meio tempo foi diretor do Banco de Natal e deputado estadual por duas vezes.
Da união com Amélia Galvão, como ela ficou mais conhecida, não houve filhos. Com o seu falecimento, em Mossoró, no dia 14 de novembro de 1890, no entanto, casou novamente com Antônia Monteiro Galvão, tendo os filhos: maestro José Monteiro Galvão, Romualdo Galvão Filho e João Monteiro Galvão. Romualdo Galvão faleceu, portanto, em 1 de agosto de 1927, em sua chácara, situada na Avenida Hermes da Fonseca, onde atualmente funciona o Instituto Maria Auxiliadora, no bairro de Petrópolis. Está sepultado no Cemitério do Alecrim.
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