Com um pouco mais de cabelos e um visutal típico dos anos 70 está o Joãozinho do Grafith na época que integrava as bandas de baile durante o Rio Grande do Norte, naquela época o som que reinava não era a suingueira, mas o bom e velho Rock and Roll. A foto foi cedida por Thaís, filha do cantor, que autorizou que a gente publicasse esta foto rara.
A primeira experiência musical de Joãozinho uma rápida passagem pelos Infernais, formado no bairro das Quintas. Se firmou mesmo como guitarrista e cantor na The Shinys, em 1974. “Papai perguntou se pelo menos eu estava ganhando algum dinheiro para dar o aval. O medo dele era termos algum vício. Mas nenhum de nós sequer bebe ou fuma até hoje”. Quando Joãozinho saiu do The Shinys, Luís Cláudio de Lima, o Kaka, foi indicado para substituir o irmão. Joãozinho passou a integrar o Alerta 5, depois refundado como Suigeneres, com shows em São Paulo.
Em 1977, Kaka e o irmão mais novo, Carlinhos, se encontrariam na banda Os Impossíveis. Seria o embrião da futura banda Grafith. Enquanto o precursor Joãozinho se apresentava em programas como o Chacrinha, Raul Gil, Clube do Bolinha e outros em São Paulo com o Suigeneres, Júnior também se integrava aos Impossíveis. Quando Joãozinho voltou a Natal em 1981, recusou o convite do Skema Livre para se juntar aos irmãos e o contrabaixista Jaílson. A nova formação dos Impossíveis durou até 1987.
O grupo surgiu apenas em 1988 pelos irmãos Joãozinho, Kaká, Júnior e Carlinhos e são figuras constantes em carnavais, formaturas, confraternizações e eventos. Sua história é sempre lembrada e comemorada no mês de novembro, com uma grande festa, no qual os seus 30 anos está marcado para acontecer na Arena das Dunas.
Eles são conhecidos pelo estilo baile, os irmãos tocavam de tudo: de discoteca e rock a samba e MPB, apesar de que o carro-forte deles serem a suingueira. Além disso, eles são lembrados pela vinheta em cada música (Gra-gra-Grafith) e também aos bordões (“Quebra, Negona”). O primeiro LP foi gravado em 1990 e teve vários sucessos, como “Camaleão”, “Eu sou ilê”, Jacaré e Garotada Lamba. O disco pode ser escutado aqui:
Mas, o maior sucesso deles é a canção “O Bode”, que tem o refrão chamado “Chico Bateu No Bode, Bode Bateu No Chico”. O que poucos sabem é que esta música foi escrita por Carlinhos Brown para o compositor Chico Buarque de Hollanda. Outros covers que o Grafith teve sucesso foi “Jungle People” e “Go Pato”.
Chico Bateu no Bode praticamente virou um hino de Natal que o então prefeito Carlos Eduardo pediu para a banda no Carnaval da cidade tocasse essa música.
Desde os anos 2000, eles são figuras carimbadas no carnaval de Macau e sabendo disso, no ano de 2011, o Grafith fez sua apresentação no Carnatal, tendo a maior pipoca da história do evento, superando os artistas da Bahia.
Em 2014, o lutador do UFC Renan Barão, participou do UFC 169 em Nova Jersey, e para sua entrada ao ringue o lutador potiguar colocou a música de Sou Grafitheiro Por Amor, que embalou a vitória de Barão, e emocionou a Nação Grafitheira. Após essa homenagem de Barão para a banda, que ele ouvia desde pequeno, o Grafith compôs uma música: Passinho do Barão, que já se tornou mais um sucesso tocado em todas as apresentações.
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