Após os inúmeros votos de protesto e da grande rejeição do outro candidato, principalmente vindo da classe média brasileira, o Waldo foi eleito o novo presidente da República. Agora, ele será o Chefe do Executivo, no qual sancionará leis, controlará – com mãos de ferro – os gastos públicos oriundos de impostos e vai contratar as melhores pessoas para exercer os seus ministérios; responsáveis pela Educação, Saúde, Relações Internacionais e dentre outras atividades.
Estou retratando, outra vez, um episódio de Black Mirror, mas a política brasileira está bem próxima desta suposição se tornar algo real. Daqui a um ano elegeremos novamente um presidente para nos representar e você sabe muito bem quem é o nosso Waldo. Não, não é o Lord Valdemort, que estamos acabando de ver seu processo de obstrução de justiça e corrupção passiva ter sido arquivado.
O que aconteceu na noite desta quarta-feira (02) mostra claramente que estamos presos nos anos 60. Afinal, os argumentos utilizados foram:
- Impedir a volta do comunismo
- Trazer a estabilidade política no país
- Manter a democracia
- Estamos melhorando a economia
Mesmo que o Waldo tenha votado não, ele sabe jogar para ficar bem na fita, visto que o Valdemort está com mais de 90% de rejeição nas pesquisas de utilidade pública. Ainda percebeu que se portar como uma nova opção, um novo Brasil (“Make America Great Again”), é a melhor arma para conquistar os cidadãos.
Assim como os Militares de 50 anos atrás diziam para os nossos avós.
Hoje, eu escuto gente que abre a boca para falar que 1964 não foi golpe militar, mas uma revolução. Até divulgam as frases ditas pelo Waldo: “Aqui só torturou e não matou”. Agora fala que os pais deveriam controlar o que os professores devem ensinar, dizendo que estamos doutrinando comunismo nas universidades públicas ou nas instituições de Ensino Médio.
Claro que isto enche o ego do Waldo Brasileiro, que tentou ser militar no Brasil, quando o Exército estava estagnado. Chegou a criar uma revolução dentro do quartel, mas fracassou. Depois de ter sido expulso e virado capa da maior revista do país, ele resolveu ser deputado.
A política, todavia, nunca foi seu forte e escolheu trabalhar com o discurso de ódio em cima da insatisfação popular. Bem Alemanha na década de 30, não é?
O que faz? Mensagens de ódio e marketing de guerrilha, aquele mesmo papo que a elite católica caiu fazendo a Marcha da Família em 1964 e isto repetiu no ano de 2015, sendo que agora com os evangélicos. Deu bastante gente, muita, nestes novos protestos, bateram panela e tudo, bem Argentina mesmo, alguns lhe chamam de mito e tratam como salvador do Brasil. Será mesmo?
Diz que gays querem maiores poderes, reclama dizendo que beijo de gente do mesmo sexo é uma libertinagem. Alguns LGBTs até acreditam e argumentam o seu voto por Waldo pelo fato de não ser corrupto. Será? O partido dele está envolvido em alguns escândalos, mas nada demais, pois, corruptos mesmos são os partidos de esquerda, os comunistas e que todos devem ser destruídos.
Ele sabe brincar com a mídia como ninguém, principalmente com a internet, onde os brasileiros mais possuem acesso do que um jornal ou um canal de televisão.
O importante é ficar no poder e criar discursos prontos. Se alguém o contestar, ele xingará e os eleitores ficarão felizes ao ouvir as suas palavras jocosas, pois ele está soltando “algumas verdades que devem ser ditas”.
As pessoas não têm medo de corrupção, mas de comunismo. O que é? Você sabe? Será igual ao que está acontecendo com a Venezuela? Se for, eu nem quero.
O Waldo é a novidade do país, ele quer mostrar que pode ser diferente, pois, existe a roubalheira em todos os lados.
Waldo salvará o país…
…Ou o destruirá ainda mais.
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