O dia 8 de maio foi o dia que os estudantes, de Natal e outros lugares do país, botaram o bloco na rua e pediram não só a revogação dos cortes de 30% das instituições e universidades federais brasileiras, que inicialmente o corte seria apenas para instituições de ensino que realizaram eventos voltados aos movimentos estudantis, acusando de “balbúrdia”. Os efeitos dos cortes de gastos já estão sentindo na pele, quando as bolsas de pós-graduação foram cortadas e estudantes que vivem apenas do estudo de pesquisa, independente que seja da área de humanas ou exatas, vai ter que arrumar um emprego.
Mas isto não vai ser fácil, pois a taxa de desemprego no Brasil ficou em 12,4% no trimestre encerrado em fevereiro, atingindo 13,1 milhões de pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mesmo órgão que pode sofrer cortes e afetar o Censo Demográfico de 2020.
As universidades já temem em nem funcionar o segundo semestre letivo, visto que não vai afetar apenas nas pesquisas, mas também na infraestrutura das instituições de ensino.
Em Natal, nesta quinta-feira, 8 de maio, estudantes e professores do Instituto e Universidade Federal do Rio Grande do Norte (IFRN e UFRN) fizeram a “balbúrdia” em criticar a gestão de Jair Bolsonaro e suas tiranias estilo imperador Nero, colocando fogo em um dos acertos das gestões anteriores que era investir no ensino superior público e de qualidade, algo que já estava garantindo na Constituição de 1988, assinada após o fim da Ditadura Militar, que é contraditório, pois os primeiros campi vieram naquele período tenebroso, onde eles unificaram diversas faculdades e transformaram em universidades federais.
O impacto do protesto apenas em Natal já causou um burburinho, imagine o que acontecerá na semana que vem quando todas as instituições de ensino e servidores vão parar em defesa da educação pública.
Além disso, esses cortes também refletem nas instituições de ensino superior estaduais e municipais, que ficarão superlotadas e muitas se encontram sucateadas.
Por isso, já era em tempo os estudantes colocar o bloco na rua e fazer diferente do que aconteceu no ano de 2013, um Brasil dividido entre coxinhas e petralhas, que culminou nesta instabilidade política e de gente oportunista que criou carreira política a base de fake news e discurso de ódio.
Agora, esperaremos que a greve geral de 15 de maio, também conhecida como a Greve Nacional da Educação, firme mais estes protestos.
O Brechando cobriu o evento e as fotografias podem ser vistas a seguir:
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