O Frank Zappa (foto acima) era um excelente músico americano que deixou a vida terrena em 1993, mesmo ano que surgi no Planeta Terra. Mas, se aparecesse um cara aqui em Natal com o mesmo comportamento físico e atitudes do Zappa, provavelmente ficaria e se tivesse filhos, eu colocaria o nome da nossa filha de “Unidade Lunar”, assim como a Gail (viúva do dito cujo) fez. Meus amigos e parentes ficam tirando sarro pelo gosto dos rapazes que gosto, não curto muito aqueles modelos que aparecem nas revistas de moda, sempre me chamaram atenção aqueles que parecem um capitão Jack Sparrow ou atitude de rockstar. Sei lá, pode fazer parte da minha vontade de que as coisas do meu imaginário se tornem reais. No entanto, eu descobri que não estou só nesta parada.
Sem contar que o Zappa era incrivelmente inteligente, desde as letras com críticas elaboradas, odiava a burguesia (e suas hipocrisias) com toda força do mundo e as suas guitarras fazem você viajar na música. Quem não namoraria um cara como o Zappa?
Além de Zappa, a minha lista de homens bonitos vai do Ville Valo, vocalista do HIM, Serj Tankian e Daron Malakian (vocalista e guitarrista do System of a Down), Jack White e dentre outros…
A Ruth Manus, em sua finada coluna no Estadão, também falou do apreço pelos esquisitões tanto para envolver numa amizade ou como casal. Concordo cada linha do seu artigo:
Gosto de homens de rabo de cavalo, de mulheres de cabelo curtinho. Gosto de cabelo completamente descolorido. De moicano. De dreads. De cabelo crespo imenso. De peruca roxa. De lenço colorido em cima da careca. Também gosto de cabelos comuns, cobrindo cabeças incomuns.
Gosto de gente que quase não fala, que parece muda. Que parece esconder segredos e histórias obscuras. Gente misteriosa. Gosto de gente que fala sem parar, que traz coisas novas, que eu nunca descobriria sozinha. Gente transparente.
Gosto de gente que coloca uma mochila nas costas, diz que tá indo e não faz a menor ideia de quando volta. Gosto de gente que diz que não vai porque precisa ficar aqui trabalhando num projeto novo no qual se meteu, morrendo de medo e cheio de coragem.
Gosto de gente que diz, tranquilamente, que nunca vai casar. Gosto de gente que diz que vai casar e fazer uma festa estranha com gente esquisita. Gosto de gente que não faz a menor ideia do que vai fazer. Gosto de gente que decide não ter filhos. Ou que decide ter 7. Ou que decide ter 2, pelo simples fatos de querer ter 2 e não porque o senso comum diz que ter 2 é o atual padrão de família sensata.
Após muita terapia e conversas com amigos próximos, ambos concluímos que os “esquisitos”, para mim, é uma eterna caixinha de surpresa e, sempre curiosa gosto de abrir, para decifrar o que eles têm escondido naquelas conversas, além de gostar de pessoas que não são meu reflexo. Não é falta de amor próprio ou algo do tipo, mas o fato de namorar o seu reflexo e semelhança pode ficar entediante e romances precisam ser diferentes todos os dias para poder dá certo.
Os esquisitos me atraem, porque, geralmente, eles fogem do mainstream, daquele assunto que é comum em salões de beleza e barberaria. Os papos são mais complexos.
Além disso, a beleza, muitas vezes, não recompensa boas conversas sobre música, filmes e leitura. Os melhores amores são aqueles que você passa horas falando, achando que durou apenas 30 minutos, ou aquela pegação foi a maior eternidade gostosa que já passou. Ou seja, pode não ser bonito, mas recompensa muito mais em outras atitudes.
O bonito por muitas vezes é só aquilo e acabou. Sem surpresas ou cerimônias.
Para entrar na minha vida, precisa ter cerimônias e provar muitas vezes que vale a pena se aventurar.
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