Este é um dos casos misteriosos que aconteceram na cidade e nunca houve uma solução. O caso aconteceu entre os anos de 1998 a 2011, onde cinco crianças foram retiradas de suas famílias no bairro do Planalto, zona Oeste de Natal, sem deixar alguma pista ou vestígio. O caso ganhou repercussão nacional. À época, a criança mais nova tinha 1 ano e sete meses; a mais velha, 8 anos.
Os jovens foram sequestrados dos seus lares humildes. Até os dias de hoje, as suas famílias nunca mais tiveram qualquer notícia dos seus paradeiros. Os pais, apesar dos anos se passarem, ainda procuram alguma resposta.
O mistério das Crianças do Planalto, como ficou conhecido o caso, começou em novembro de 1998, quando Moisés Alves da Silva, de 1 ano e 7 meses, foi levado de dentro da casa. Ele dormia com os pais e os irmãos. Em janeiro do ano seguinte foi a vez de Joseane Pereira dos Santos, de 8 anos, ser raptada da casa de uma vizinha. O terceiro sumiço aconteceu em janeiro de 2000, com o rapto de Yuri Tomé Ribeiro, de 2 anos.
Três meses depois, o pequeno Gilson Enedino da Silva, 2 anos, também desapareceu. O último caso aconteceu em dezembro de 2001, quando Marília da Silva Gomes, de 2 anos, sumiu misteriosamente de dentro de sua residência. Ela dormia com a mãe, os irmãos e o padrasto.
Segundo as investigações, quatro das cinco crianças dormiam quando teriam sido raptadas. Apenas Joseane estava acordada quando foi levada.
O Caso das Crianças do Planalto é uma das páginas mais surpreendentes e intrigantes da crônica policial potiguar. Depois de o inquérito passar pelas mãos de mais de 10 delegados ao longo de todos estes anos, a atual responsabilidade de dar um desfecho diferente ao mistério está na Delegacia Especializada em Capturas, conhecido pela sigla Decap.
Os pais Sueli, Francisca, Djalma, Severino, Geraldo e Lindalva continuam presentes e apesar dos anos ainda querem uma solução para este caso. Em 2009 foi aberto uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no senado, onde discutiu sobre casos de crianças desaparecidas em vários estados brasileiros e os parentes destas crianças foram convidadas a participar.
Alguns apontam que foi tráfico de pessoas e outras levadas para outros países para que fossem adotados. Outros dizem que foram mortas e seus órgãos comercializados. Em meio esta onda de suposições, as pessoas querem uma resposta verídica sobre o fato.
Estima-se que cerca de 250.000 pessoas desapareçam por ano no Brasil. Em torno de 40.000, seriam crianças, arrancadas dos seus pais criminosamente para fins de exploração sexual, no trabalho ou macabramente para transplante de órgãos, dentre outras formas de proscrição da convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes no Brasil.
Até hoje, a população natalense solta a seguinte pergunta: Onde elas estão?