Feira do Alecrim não parou, mesmo sem tenda

Feira do Alecrim não parou, mesmo sem tenda

Compartilhe:

A Feira do Alecrim é uma tradicional feira livre que ocorre todos os sábados no bairro do Alecrim, zona Oeste de Natal. É uma das feiras mais antigas e movimentadas da cidade, com mais de 50 anos de existência.

A feira é conhecida por oferecer uma grande variedade de produtos, incluindo frutas, verduras, carnes, peixes, flores, artesanato, roupas, calçados, acessórios, entre outros itens. Além disso, a feira é uma importante fonte de renda para muitos feirantes e suas famílias.

A Feira do Alecrim é uma atração turística popular em Natal, sendo visitada por moradores locais e turistas que buscam experiências autênticas da cultura e tradição nordestina. É um importante ponto turístico da cidade de Natal, visitada por turistas que buscam conhecer um pouco mais da cultura local e fazer compras a preços populares.

Após os casos de violência e brigas de facção no Rio Grande do Norte, muitos questionaram se o bairro da zona Leste iria continuar as suas atividades. A resposta é: Sim. Provando, mais uma vez, que o Alecrim não para, mesmo tendo um meteoro destruindo a terra.

Feira do Alecrim tenda
Feirantes tiveram que colocar suas tendas para se protegerem (Fotos: Lara Paiva)

Mas, isso não é motivo de deixar os feirantes sem tenda

Antes de começar a feira, a Prefeitura do Natal instala tendas para proteger os feirantes dos raios solares ou da chuva, caso aconteça. O objetivo é proteger a saúde não só dos feirantes, mas também dos alimentos. Problema que não veio as tendas e a notificação só chegou aos feirantes no dia anterior. Ou seja, na sexta-feira.

O Brechando esteve na Feira do Alecrim para saber o que eles acharam desta falta de compromisso, visto que o local estava com um amplo policiamento de ponta a ponta. Além disso, ouviu a indignação geral.

Você pode ler também:  10 momentos que marcaram a Copa em Natal 2014

Era normal ouvir burburinhos das pessoas reclamando na falta de tenda em um dia nublado e choveu bastante no final da feira.

Os depoimentos

A feirante Maria do Socorro era uma das pessoas que atendia e, simultaneamente, reclamara de não haver a feira, pois temia que perder a sua mercadoria por conta da chuva. “Ninguém merece ficar no sol quente, não sei como será a semana que vem. O lado arrebenta para o trabalhador, que leva o pão para casa”, afirmou a trabalhadora, que está no Alecrim há seis anos.

E não foi só os feirantes que ficaram indignados com a falta de proteção, o lojista Fabiano Miguel, que trabalha há 15 anos na feira, acusou a Prefeitura do Natal com a falta de diálogo com as pessoas que fazem o bairro comercial acontecer.

“É lendária, tem história, é do povo, não deveria estar acontecendo esquecendo as tendas e as bancas. Natal está numa situação complicada caso de facções. O Governo e a Prefeitura como a estão deixando a desejar na administração, com os feirantes e nós precisamos que faça alguma coisa para continuar a tradição”, disse.

Um outro feirante, que não quis se identificar, disse que “muitas pessoas querem trabalhar”, porém não houve diálogo com os feirantes. “Não tem como, né? A gente precisa trabalhar. A prefeitura do Natal precisa ser mais responsável”, lamentou.

Será que semana que vem vai ter proteção?

Falamos com a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), órgão responsável em organizar as feiras livres da cidade. Na sexta-feira (17), eles enviaram a seguinte nota:

A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) informa que, levando em consideração os atos criminosos que estão ocorrendo no Rio Grande do Norte, bem como a falta de segurança em todo o estado, as feiras livres funcionarão com estrutura mínima neste fim de semana. Para evitar qualquer tipo de atentado contra o bem público, servidores e colaboradores, excepcionalmente neste sábado (18) e domingo (19), as feiras irão funcionar sem a estrutura de tendas e banheiros químicos como o habitual. Os equipamentos serão repostos tão logo seja normalizada a situação da segurança no Rio Grande do Norte.

Ao ser questionada se poderia ter a proteção na próxima semana, a assessoria disse que depende da questão de segurança. “Não tem como ter um equipamento se ele pode ser incendiado a qualquer momento, bem como os servidores e demais colaboradores agredidos ou pior”, disse.

Tags

Commente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

compartilhe:

Sobre lara

Jornalista e publicitária formada pela UFRN, começou despretensiosamente com um blog para treinar seu lado repórter e virou sua vitrine. Além disso, é mestranda em psicologia na UnP e ainda é doida o suficiente para começar mestrado em Estudo da Mídia na UFRN. Saiba mais sobre esta brechadora.

Desenho: @umsamurai.



Últimas brechadas



Breche aí