Levando Hawk ao Beco da Lama

Levando Hawk ao Beco da Lama

Compartilhe:

“Mãe, vou ao Beco da Lama, com Hawk”. Mainha ficou me chamando de doida por dar carona ao youtuber e criador de conteúdo na cara de pau. Eu também achei loucura minha, mais loucura ainda foi quando aceitou. Porém, como conhecia Malfeitona me conhecia, ele sentiu aliviado. Como essa mistura de Natal com Ipiaú surgiu?

Tudo começou quando a minha irmã que o influenciador viria pra Natal. Então eu fiquei mandando mensagens no Twitter pedindo para que fosse falar com o meu blog e depois disso marquei a Malfeitona para dar um help. Depois, ele topou e trocamos DM.

No feriado de Corpus Christi, ele mandou um um story no Insta dizendo que queria ir pro Beco da Lama sendo que ele estava com medo, visto que as pessoas botaram muito medo dizendo que um lugar é perigoso que ele podia ser assaltado.

Hora de ser cara de pau e introsa

Eu respondi o comentário dizendo que dava carona para ir ao beco e rapidamente topou. Defendi o bequinho, falando que não é nada demais, pois ele já foi a lugares mais agitados que se noticiam cotidianamente roubos, como carnaval de Salvador. Além disso, alegou que um conhecido dele foi sequestrado ao Beco da Lama. “Segundo ele, jogaram uma fumaça, ficou sem ver e foi sequestrado”, alegou o youtuber baiano sobre as mensagens de aviso.

Hawk é natural de Ipiaú, interior da Bahia, no Youtube começou mostrando seu cotidiano com os colegas de quarto, destacando o Rodolpho, famoso pelo nome de Galego. Inicialmente, ele era atrás das câmeras e depois começou a aparecer trazendo voz aos PCDs, negros e nordestinos que estão na luta de mostrar outras vozes do Brasil.

Você pode ler também:  Os nus artísticos de Paulo Fuga

Por enfatizar o Nordeste, ele resolveu se aventurar da Bahia para cima e nesta semana está online nas terras potiguares.

Voltando ao Beco

Busquei o jovem e a primeira coisa que fiz foi mostrar a Via Costeira, estrada que tem os resorts e o outro lado do Parque das Dunas (apelidado carinhosamente de matagal). Depois disso, chegamos em Petrópolis e falei que aqui era chique. Então, rapidamente tirou onda: “Natal é uma cidade chique, porque todo canto que piso as pessoas falam que aquele lugar é glamouroso”.

Então, eu expliquei que a “zona Sul é a parte dos ricos da cidade e na zona Leste tem dois bairros de classe alta, Tirol e Petrópolis”. O Hawk ficou confuso sobre as rodas de samba no Beco da Lama por conta das confusões na DM do Instagram, visto que ele achou que seria quarta.

“Tem duas rodas de samba, o do bar de Nazaré e de Borogodó. O primeiro adiantou para quarta por conta do feriado e o do Borogodó que acontece nos fins de semana, porém aproveitou o feriado para fazer hoje”, explicando que o Centro e as Rocas era o berço do samba.

Chegamos

A gente chegou e atravessou o primeiro lugar que atravessou o Bar da Meladinha. “Foi aí que disseram que tem muito roubo, principalmente no dia da música eletrônica”, alegou o baiano. E eu incrédula com a quantidade de areia que os natalenses colocaram para os rolés e ele não levou nem celular para tirar fotos nos graffitis, por ter ficado muito medo. “Fiquei com medo daqui mais que o Rio, sério”. Defendi que eventos aglomerados é normal rolar ocorrências, mas ultimamente aumentou o policiamento.

A gente sentou num bar próximo do samba do que aconteceu em Borogodó, ficamos bebendo e comendo. Carol, a amiga dele que nos acompanhou, natural de Maceió, tirou onda com as histórias contadas. Inicialmente, ambos estavam com medo real, até relaxarem quando viu as pessoas chegando e os rolés aleatórios da vida.

Você pode ler também:  Cidade Satélite NÃO é um bairro, assista o vídeo

Fiquei bebendo minha coca, Carol o litrão e Hawk com seu suquinho bastante elogiado. Defendi o experimento da Ginga com Tapioca para comerem depois. “Paulo Moreira (quadrinista) sugeriu que a gente fosse ao Bar do Pernambuco”, relatou e apoiei a decisão porque tinha vista linda do Rio Potengi e melhor peixe da cidade.

E, inclusive, falei da Rampa, museu que é próximo do bar. Se eles vão enquanto escrevo este texto? Fica o mistério?

E o samba?

Após o primeiro samba, eles relaxaram e começaram a cantar os pagodes dos anos 90 e riu das características únicas dos natalenses, como ser um verdadeiro rolê aleatório. Mas, afinal, o que Hawk achou o Beco da Lama?

O veredito final, portanto, ver a seguir:

Tags

Commente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

compartilhe:

Sobre lara

Jornalista e publicitária formada pela UFRN, começou despretensiosamente com um blog para treinar seu lado repórter e virou sua vitrine. Além disso, é mestranda em psicologia na UnP e ainda é doida o suficiente para começar mestrado em Estudo da Mídia na UFRN. Saiba mais sobre esta brechadora.

Desenho: @umsamurai.



Últimas brechadas



Breche aí