Mês: março 2020

  • Felipe Nunes lança novo EP para começar abril

    Felipe Nunes lança novo EP para começar abril

    Felipe Nunes já pode ser considerado potiguar, visto que mora na capital potiguar há sete anos e começou a sua carreira musical. Além disso, ele é cantor, compositor, poeta, historiador e está prestes a terminar seu mestrado em antropologia. Na próxima sexta-feira (3), ele vai sextar lançando o seu EP de estreia, intitulado de “Entropykos”, nas plataformas digitais as cinco músicas de seu EP de estréia e foi elaborado em parceria com o selo Rizomarte Records.

    Você pode pré-salvar a música na sua plataforma de streaming, que na sexta-feira o álbum estará na sua biblioteca de música. Como ? Clique neste link.

    O processo criativo que resultou na sonoridade do Entropykos durou um ano e o resultado final é uma mistura consistente entre elementos sonoros orgânicos e eletrônicos, contando com participações especiais que deram corpo e movimento a cada uma das canções. Dar corpo não apenas como uma metáfora, mas sim como uma busca por conexões viscerais entre passado, presente e futuro através da musicalidade. Nessa ligação umbilical entre os sons e a força poética das letras e melodias, o EP se apresenta como um delicado microcosmo sonoro-poético povoado pela ancestralidade negra e indígena que ancoram e norteiam a formação histórico-cultural brasileira.

    “O EP buscou contar a história através de narrativas contra-hegemônicas. Sabemos que viemos de muitas direções e temos inúmeras histórias para contar. Neste sentido, o Entropykos nasce da simbiose entre entropia (termo da física onde, a grosso modo, afirma que estamos sempre a se multiplicar e se movimentar) com a palavra tropicalismo que permeia o trabalho de Caetano, Gil, Jorge Mautner, Gal Costa, Nara Leão, dentre outrxs. O tropicalismo foi a minha primeira escola filosófica-musical ainda na adolescência. O nome é um reflexo literal do trabalho, onde buscamos amalgamar diversas sonoridades sobre as histórias que formam a identidade cultural brasileira. Tenho muitas referências teóricas e sonoras, ao mesmo tempo desejava não estar preso a nenhuma delas, a solução foi misturar tudo”, disse Felipe em release enviado pela imprensa.

    O som promete ter muita psicodelia presente nos timbres de sintetizadores, somados a grooves de funk, batidas ijexás, afoxés, guitarras, violões, programações eletrônicas, flautas e rabecas.

    A capa foi feita em parceria com o artista visual e designer e o fotógrafo Augusto Júnior, que traz a sobreposição ótica entre o humano e a cabeça de um boi que é um símbolo milenar presente em diversas culturas (ocidental, oriental, africana, ameríndia) com distintos significados. Dentre eles o de princípio organizador da vida, amuleto, de proteção da colheita e do alimento. Ela está representada em inúmeras tradições culturais como muata calombo, munhanhe, minos, boi de reis e tantos outros.

    Além de sua próprias canções, Felipe dedica-se a dois projetos coletivos: o Agô, que faz releituras de canções afro-brasileiras, e a Tríade Rebelde , dedicada a fazer releituras de clássicos da música latino-americana.

    O EP contou com a produção musical de Pedras, integrante e produtor de discos dos projetos Igapó de Almas, Luisa e os Alquimistas, Zé Caxangá e Seu Conjunto, dentre outros. O fio condutor deste processo foi a escuta do universo temático das próprias letras, que tocam em temas como a releitura da história a partir da ancestralidade, o legado de luta e resistência dos povos indígenas e negros/as, a importância da resiliência como estratégia de vida, a linha tênue entre utopias e distopias, dentre outras transas.

    O Entropykos também conta conta com as participações musicais do percussionista Kleber Moreira (Rosa de Pedra e Nação Zambêracatu), a professora da Escola de Música da UFRN Heather Dea Jennings tocando flauta, a cantora e instrumentista Tiquinha Rodrigues (Rosa de Pedra, Orquestra Sinfônica, Camomila Chá, Bandissíma) na Rabeca, o instrumentista Rafael Melo e o produtor musical Walter Nazário nas guitarras, Pedras Leão nos contrabaixos e bases eletrônicas, além da produção musical, e o músico Henrique Lopes nos sintetizadores e direção artística.

    Ficha Técnica:
    Direção artística: Felipe Nunes, Henrique Lopes e Pedras Leão
    Produção Executiva: Henrique Lopes
    Produção Musical, Mixagem e Masterização: Pedras Leão
    Edição de Áudio: Yves Fernandes (com exceção de “Mandinga”)
    Direção de Arte e Capa: Felipe Nunes, Rodrigo Costa e Augusto Júnior
    Fotos de divulgação e Capa: Augusto Júnior
    Músicos participantes: Felipe Nunes, Henrique Lopes, Heather Dea Jennings (em Trabandá), Pedras Leão, Kleber Moreira, Rafael Melo (em Canto Ancestral), Tiquinha Rodrigues (em Trabandá e Resiliência), Walter Nazário (em Resiliência)
    Gravação: Estúdio Cigarra
    Selo: Rizomarte Records
    Distribuição: Tratore