Dia: 9 de maio de 2020

  • Potiguar Abraham Palatnik morre de Covid-19

    Potiguar Abraham Palatnik morre de Covid-19

    O artista plástico Abraham Palatnik, de 92 anos, pioneiro na arte cinética, morreu neste sábado (9), vítima da Covid-19. Informação a princípio foi confirmada pelos familiares, o artista potiguar radicado no Rio de Janeiro estava internado em Copacabana, bairro nobre do Rio.

    Semana passada, os noticiários nacionais informam que o artista potiguar estava internado desde 29 de abril.

    Os exames confirmaram que ele estava com Covid-19 e está em estado grave, segundo familiares.

    No Brasil, Palatnik é um dos pioneiros da arte cinética, que tem como a base de sua pesquisa.

    As informações sobre velório, portanto, não foram confirmadas, uma vez que as regras da Organização Mundial de Saúde recomenda funerais com a menor aglomeração possível.

    Sobre o Abraham Palatnik

    Abraham nasceu em Natal e é descendentes de judeus que veio à Natal após a Segunda Guerra Mundial. Lá, os seus familiares moraram na Vila Palatnik, na Ulisses Caldas.

    Ainda jovem viajou à Palestina para estudar pintura, desenho, história e filosofia da arte na mesma época em que fazia um curso de motores a explosão.

    De volta ao Brasil, em 1948, mais precisamente na cidade do Rio de Janeiro, integrou o primeiro núcleo de artistas abstratos do Rio de Janeiro.

    No ano seguinte, iniciou suas pesquisas no campo da luz e do movimento, responsáveis por seu reconhecimento como um dos pioneiros da Arte cinética, após a menção especial do júri internacional, na I Bienal Internacional de São Paulo, em 1951.

    Integrou o Grupo Frente, aproximando-se da poética visual dos concretos e neoconcretos.

    Suas obras integram coleções particulares em importantes museus europeus e norteamericanos.

    Atualmente vive e trabalha no Rio de Janeiro.

    Apesar de distante de Natal há algum tempo, os natalenses não deixam de o homenagear, tanto que o mezanino do Mercado de Petrópolis, na Avenida Hermes da Fonseca, recebe o seu nome.

    Além disso, algumas de suas obras estão no acervo da Pinacoteca do Estado.