Autor: Lara Paiva

  • Esses idosos aprenderam usar computador no IMD

    Esses idosos aprenderam usar computador no IMD

    O Instituto Metrópole Digital fica dentro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). IMD, como é conhecido e coincidemente é a sua sigla, é lembrado pelo curso técnico em informática e também pelas suas graduações, os quais são: Bacharelado em Tecnologia da Informação e Inteligência Artificial.

    Mas, eles também são conhecidos por ajudar na inclusão digital, principalmente de idosos. Somente no segundo semestre de 2025, o IMD garantiu a formação de 144 idosos em cursos voltados à inclusão digital. A iniciativa é por meio do Projeto de Extensão Inclusão Digital para Idosos (ProEIDI).

    Desde sua criação, em 2018, a iniciativa já formou cerca de 1,3 mil participantes em todo o estado. Inclusive, referência nacional na área, visto que é inspiração na criação de um programa de incentivo à inclusão digital para idosos no Brasil, por meio da Sociedade Brasileira de Computação (SBC).

    Após oito semanas de atividades, o ProEIDI encerrou suas turmas com um momento de confraternização (como na foto acima do título) e reconhecimento dos participantes, que apresentaram resultados e compartilharam experiências sobre as transformações em suas rotinas.

    As próximas turmas do ProEIDI provavelmente acontecerão para em março de 2026.

    Como funciona o curso?


    Neste semestre, o projeto ofereceu cinco cursos — Smartphone Básico, Smartphone Avançado, Computador, Pensamento Computacional e Inteligência Artificial — distribuídos em dez turmas.

    As atividades têm como objetivo promover a autonomia e a inclusão digital entre pessoas idosas. Além disso, aproxima esse público do uso prático de tecnologias cotidianas e de ferramentas mais avançadas de raciocínio lógico e programação.

    Segundo Isabel Dillmann Nunes, professora do IMD coordenadora do ProEIDI, o projeto promove um ambiente de troca intergeracional entre alunos e monitores.

    “O ProEIDI 2025.2 proporcionou uma relação intergeracional de aprendizado, onde as pessoas idosas aprendem tecnologias, mas os monitores e professores da graduação aprendem empatia e a perceber as necessidades do outro — algo essencial para quem está aprendendo a desenvolver tecnologia”, destaca a docente.

    Além de capacitar os idosos para o uso de aplicativos e ferramentas digitais, o projeto também introduz noções de programação e inteligência artificial. Inclusive, o projeto incentiva uma compreensão mais ampla sobre como essas tecnologias funcionam.

    “Eles aprenderam a usar o celular no dia a dia, mas também a programar e entender como funcionam tecnologias como a inteligência artificial. Ou seja, não é só usar um aplicativo, mas compreender o que existe por trás dele. A cada final de semestre, ficamos com um sentimento de saudade, mas também de continuidade, pois muitos participantes seguem estudando, abrindo negócios ou se comunicando melhor com suas famílias”, finalizou a docente.