Diário do Brechando em Porto Alegre

Brechando Porto Alegre

Lara Paiva

Autora

Em uma semana, fiquei em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Primeiramente, meu objetivo inicial era apresentar a Jornada de Recepções, sob a organização da Universidade Federal do estado (UFRGS) com a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Entretanto, isto não quer dizer que não visitei os pontos turísticos, a cidade e vi algumas coisas em comum em Natal. Além disso, por mais que a distância e regiões diferentes pareçam que a cidade não tenha alguma ligação, elas se parecem. 

Por isso, você pode conferir a seguir o diário, assim como fiz em outras cidades

Como foi a viagem

Saí de Natal por volta das 17h40, onde a primeira missão era chegar no aeroporto de Guarulhos com vida. Entretanto, o ônibus demorou 20 minutos para parar. E, para piorar, a porta de desembarque ficará tão longe, que um ônibus buscou a gente para deixar na porta. Isso porque gritava feito uma maluca: “Gente, com licença, meu voo é de conexão”. 

Neste período também descobri que outras pessoas estavam chorando por dentro e desesperados. 

Como resultado, eu cheguei correndo de GRU (como é apelidado carinhoso) por meio de 20 portões em um intervalo de cinco minutos. Pior, correndo esbaforida com uma mochila de 5kg e uma bagagem de 10kg. 

Era como se tivesse correndo numa esteira de caneleira. Acho o portão, com um monte de corredores. Cheguei tão cansada e esbaforida, que os comissários me deram um copo d’água para acalmar. 

Chego de meia-noite, onde a primeira coisa que fiz foi comer algo, mesmo sendo uma bagana. Matuta, que nunca fui ao Sul, ou quando vai para uma cidade maior que Natal (Porto Alegre), sempre procuro um restaurante que não tem na capital potiguar. 

Hora de Jantar

Escolhi, claro, o Starbucks, onde o chocolate quente evitaria um choque térmico do vento de 10 graus na minha cara. Após 20 minutos no fast food vendo as vendedoras se divertindo ao som de “My humps” do Black Eyed Peas, pego o Uber, descubro que mesmo que a distância ao hostel seja curta, paguei 30 conto para chegar. 

O check-in não demorou muito e falarei do empreendimento depois, pois faz parte do sonho de qualquer Faria Lima. 

Cheguei no quarto e deparei com seis beliches, o recepcionista deu a chave para mim, junto com o código do armário privativo. Tentei fazer o mínimo de barulho possível, tipo quando chegamos tarde do habitual e não quis acordar os pais. 

Foi difícil, mas acredito que deu certo, pois ninguém reclamou. Subi a beliche, fechei a cortina, como se fosse meu universo particular e vi que o relógio batia 3 da manhã. Acho que era hora de dormir. 

Por mais que tenha dormido bem, apesar de poucas horas, confesso que estava com muita preguiça de tomar café da manhã. Mas, consegui me levantar. Fui de pijama e fiquei resolvendo minhas questões trabalhistas apenas com o celular e o teclado bluetooth. 

Então após o almoço, eu resolvi resolver. A vantagem de ficar em bairros próximos do centro, porque você encontra de tudo sem precisar sair do bairro. Auxiliadora, por exemplo, é cheia de padarias e restaurantes de prato feito, o famoso PF.

Sem contar que fiquei em uma das principais vias, a 24 de outubro. Então, era muito fácil pegar um ônibus por lá. 

Minha primeira parada foi no campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, no qual abrigava os cursos de comunicação, museologia, engenharia, serviço social e entre outros. Sem contar que abriga a reitoria, que parece um prédio modernista que Natal teria construído facilmente, enfatizando mais a lenda de que o projeto arquitetônico nos Rio Grandes foram trocados. 

Reitoria da UFRGS

Lá, eu parei no Museu da UFRGS, que traz exposições diferentes da cultura gaúcha, uma delas foi o samba. Sabia que lá tem desfile de escola, estilo a do Rio?

O museu era uma homenagem à Escola de Samba, que tem o nome de “Bambas da Orgia”, onde ninguém sabe a origem do nome e era a instituição mais antiga do estilo. Contou desde o marcante enredo de 1995 até a história da matriarca da escola, que faleceu neste ano.

Depois, eu fui ao Centro Cultural da UFRGS que debateu sobre o racismo no RS pelo poder público gaúcho. Quando fui ao shopping para jantar e errei o trajeto, uma vez que tive acesso às informações desencontradas. Mas, no meio desses erros, eu indiretamente acertei em ver POA em outro ângulo. Percebi que nos Rio Grandes os casos de injúria racial são varridos para debaixo do tapete. Sem contar que as comunidades carentes ficam muito escondidas, por meio de morros ou atrás de condomínios fechados. 

Bambas de Orgia era o tema principal do Museu da UFRGS

Além disso, utilizamos nossos estereótipos para esconder a face preconceituosa. O gaúcho, como pessoal educado e polido. O natalense, por sua vez, como povo acolhedor. Sem contar os nomes de ruas, visto que tem Nilo Peçanha, Senador Salgado Filho, Rio Branco e Prudente de Morais. 

Sobre os ônibus, para quem for turistar, pesquise bem as linhas, tente ser específico ao tirar dúvida com os motoristas  e não confie no Google Maps, use o Movitapp, que é parceiro da Prefeitura de Porto Alegre. A passagem é o mesmo valor de Natal, R$ 4,80, não tem ar-condicionado ou aquecedor. E, agora, estão tentando utilizar o motorista com a função de cobrador.

Após uma longa trajetória e um Uber no final, chegou ao Iguatemi, considerado o shopping mais antigo de POA. É tipo o Natal Shopping, sendo que os corrimões e o piso tem detalhes dourados, além de ser bem maior.

Hora de conhecer o tão falado Centro Histórico. Fiz as pazes com o transporte público, pois o ônibus que peguei para em frente ao Mercado Público de Porto Alegre. É praticamente uma parada obrigatória para conhecer a culinária gaúcha, desde a venda de produtos até as comidas típicas. 

No piso inferior, eles funcionam como mercado mesmo, onde eles dedicam a parte para vender temperos típicos, as tradicionais carnes gaúchas e países vizinhos, material para confeitaria, ervas e os melhores pescados estão lá. Ideal tanto para quem tem restaurante quanto para quem quer cozinhar aquela comida gostosinha. 

Já no piso superior tem a parte dos restaurantes, onde tem desde restaurante japonês até uma cantina italiana, mas sempre com um toque ao estado. Claro que experimentei. Uma coisa que achei curiosa é que boa parte dos pratos que pedi nos restaurantes são acompanhados de salada, quase que é uma obrigação. 

Após comer, o frio começou a atacar e minha rinite apareceu. Hora de pegar aquele cachecol gostoso, me enrolei no pescoço. Me senti a própria moradora de Porto Alegre andando e vi que os principais museus da cidade estavam na rua de trás. Diferentemente de outras capitais que a arte barroca é bastante presente, Porto Alegre tem muito do estilo neoclássico e art nouveau. 

Em Natal temos como exemplo a Pinacoteca do Estado (antigo Palácio do Governo) como exemplo de neoclássico e a antiga sede da OAB na parte da art nouveau. Entretanto, esses prédios são 10 vezes maiores. Quando não são museus, eles são prédios públicos, como Quartel, Prefeitura, Governadoria e dentre outros. 

Primeiro museu

Primeiramente, fui ao Farol Santander que aos domingos é gratuito e com horário marcado. Mantido pelo banco Santander, ele funciona no antigo Banco do Comércio da cidade, onde ele é dividido em pavimentos, o mezanino com restaurante, loja e duas exposições. Uma exposição fixa que conta a história de Porto Alegre com imagens e atividades interativas. Ótimo para quem quer fugir de city tour pela cidade e pagar por isso. Outra que conta a história da moeda.

No térreo tem a exposição do goiano Siron Franco, que tem mais de 100 obras expostas no grande salão com vitrais no teto e grandes colunas que apresentam esculturas em suas extremidades.

Quem é

Siron é conhecido pela sua arte contemporânea e nunca ficou atrelado ao mesmo estilo. Suas obras são conhecidas pelo fato do artista criar um desenho base e depois adicionar diferentes camadas de desenho até chegar no final satisfatório, sempre denunciando a exploração animal, a irresponsabilidade com o Meio Ambiente e foi um dos que mais expressou sua indignação com o Césio 137.

O que acabei de mencionar foi simplesmente a maior tragédia radioativa no Brasil que chegou muito perto de transformar Goiânia em Chernobyl. Tudo começou quando um dono de uma sucata achou um aparelho de radiografia no lixo e levou no seu ferro velho. Então, ele viu que tinha pedrinhas estranhas. Ao levar para sua residência, viu que elas apresentavam um brilho diferente. 

Empolgado, mostrou as mais diferentes pessoas. Entretanto, ele não sabia que era radioativo. Como resultado, infectou várias pessoas diferentes. Após a contaminação ter virado assunto, descobriram que o aparelho era de uma antiga clínica que foi despejado incorretamente, onde os donos nunca foram responsabilizados judicialmente.  

Viagem Natal Porto Alegre
Vitral no teto do Farol Santander

Voltando ao Siron, neste período mostrou a sua indignação em diferentes quadros e um deles até utilizou terra para fazer texturas em sua arte. 

Após ver Siron, hora de subir, onde tinha as mais diferentes exposições, onde misturava a tecnologia com a arte. Era a visita mais queridinha, por ser a mais instagramável. Lá, você podia ver obra que lia a íris do olho para transformar em artes cósmicas, tubo espelhado projetando imagem ao fundo para fingir que você estava entrando em um túnel ou uma obra em que criou grafismo com linhas e leds, trazendo uma diferente percepção. 

Segundo Museu

Do lado, tem o Museu de Arte do Rio Grande do Sul, onde funcionava a Delegacia Fiscal e lá é um espaço também monumental, onde o prédio por si só já era bonito antes de entrar. Tinha exposição que mostrava o fotógrafo exibindo as mais diferentes etnias do mundo, também havia exibição do acervo e no piso superior também haviam outras obras. Sem contar nas escadas também você podia ver monumentos que fazem parte do acervo. 

Vista do Museu de Arte do Rio Grande do Sul

O imponente edifício, de quase 5.000m2, foi encomendado à firma do engenheiro Rodolfo Ahrons com projeto do arquiteto alemão Theo Wiederspahn, tendo sido tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1981. Três anos mais tarde, a Subsecretaria de Cultura do Estado o reconheceu como de interesse público por seu valor histórico arquitetônico. Passou, então, a integrar o patrimônio cultural do Rio Grande do Sul. Em 1985, foi contemplado com o tombamento definitivo em nível estadual.

Ambos ficam na Praça da Alfândega, onde tem uma estátua de Rio Branco em frente ao Memorial do Rio Grande do Sul. 

Casa Cultural Mário Quintana

Por fim, eu fui ao Hotel Majestic, que também é conhecido como Centro Cultural Mário Quintana, importante poeta da região. O local recebe este nome pelo fato do escritor ter sido realmente um morador daquele local que já hospedou ricos de todo o Brasil nos anos 50. O prédio é dividido em duas torres, onde os sete andares trazem uma aventura diferente. 

Quanto custa viajar Porto Alegre
Parte interna do Hotel Majestic em Porto Alegre

Destaque para o quarto de Mario Quintana, espaço dedicado à cantora Elis Regina, Museu de Arte Contemporânea e também a Cinemateca, onde exibe filmes gaúchos e produções brasileiras independentes. Lá, por exemplo, assisti “Retratos Fantasmas”. Após o filme, você também pode beber uma cerveja na Rua dos Andradas. 

No quarto dia, eu encontrei minha amiga Bárbara Rodrigues, natural de Natal, que há três anos mora em Porto Alegre. Apesar de ter passado boa parte dos primeiros anos na pandemia da Covid-19, Babi, como a chamo, conhecia bem os lugares e sempre me dava dicas no Whatsapp. Então, ela novamente me levou ao Centro Histórico, onde fomos aos museus, comemos à minuta, que é um prato feito gaúcho, que vem o PF, salada e um ovo por cima. 

Você pode ler também:  É o que restou do Extra de Ponta Negra

Depois de conhecer o prato, a gente resolveu ir para a tradicional Orla do rio Guaíba, onde você pode deitar no gramado próximo ao rio para pegar sol ou fazer a caminhada em torno do Ipê-Roxo, caminhar na ciclovia, andar de barco ou ver o Gasômetro que estava ao longe e não pude visitar porque estava em reforma. 

Gasômetro recebe este nome porque era uma usina termelétrica, onde utilizava gás do petróleo para fornecer energia elétrica por toda a cidade. O prédio foi desativado e hoje é um espaço cultural. 

A Orla, por sinal, divide Porto Alegre e a cidade de Guaíba. Tipo Rio de Janeiro e Niterói. Tanto que lá tem barcas onde os moradores das duas cidades usam como transporte para se locomover. 

Ir numa orla sem ser a de praia foi interessante, porque eu sou acostumada a fazer caminhadas, tomar banho e mar e depois caminhar. Ver uma orla em que todos vão apenas andar foi inusitado, mas divertido, principalmente para se esquentar um pouco no sol. 

No dia que eu fui, o sol era raro, mas necessário, pois Porto Alegre estava medindo 5ºC o seu termômetro.

Sem contar que muitos vão principalmente no final da tarde para ver o pôr do sol, que é belíssimo e só surge depois das 18 horas, diferentemente do Natal. Ficou escuro? Poderia ir aos bares por perto. Mas, resolvi voltar ao hotel para estudar o meu real motivo de ir para Porto Alegre: me apresentar ao congresso. 

 

Era o primeiro dia do congresso e estava nervosa para apresentação de um artigo que iria apresentar. Era a quinta edição da Jornada de Pesquisa de Recepções, sob a organização da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a sede era na unidade porto-alegrense da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). 

A minha primeira parada foi no Mc Donald’s, porque o café da manhã de lá era melhor que o do hotel. Além de me manter forte. Depois, eu peguei um ônibus para ir a ESPM. Desta vez fiz as pazes com o sistema de transporte público de Porto Alegre.  

Eu iria apresentar o artigo baseado no trabalho de conclusão em Publicidade, curso que fiz na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Aproveitei para trocar figurinhas sobre pesquisa e além de conhecer outras pessoas que possam pesquisar. Atualmente, faço mestrado profissional de psicologia na UnP. Mas, pretendo fazer outro mestrado, com base acadêmica. 

Calçada da ESPM

O congresso foi bom para descobrir autores da Psicologia do Consumo e também  autores para falar do meu mestrado acadêmico. Sem contar que a ESPM apresenta uma bela vista de toda Porto Alegre. 

A apresentação foi um sucesso e fiz amizade com jornalistas, publicitários e outros profissionais da comunicação em outros estados brasileiros. 

Depois, eu fui ao shopping comprar meia-calça e jantar. E, só descansei para o dia seguinte. 

O segundo dia da palestra teve mesa-redonda de professores mostrando mapeamento de pesquisas e quantidade de pós-graduação voltadas para comunicação em cada universidade do Brasil. Depois, eu vi apresentações de trabalhos de outras pessoas, que ajudaram na metodologia do meu trabalho. 

A apresentação acabou mais cedo e meu professor orientador sugeriu que visitasse o Parque da Redenção, no qual eu fui fazer caminhada no espaço, que é próximo dos principais prédios históricos da capital gaúcha, como Colégio Militar. Na sua extremidade fica o monumento gigante dedicado aos Expedicionários Brasileiros, soldados que participaram da Segunda Guerra Mundial. 

O famoso Xis
Entrada da Lancheria do Parque, do lado da Redenção
Sair de Natal para Porto Alegre
Roda gigante de Rendenção
Um dos monumentos do Redenção
Eu tentando tirar selfie no Redenção
Monumento dos Expedicionários no Redenção

Além disso, tem um lindo espelho d’água, chafariz, monumento budista, estátuas dedicadas às mais diferentes personalidades históricas, como Deodoro da Fonseca e Chopin. Lá o pessoal encontra crush, faz caminhada, anda de bicicleta, aprecia os ipês roxos, realiza ensaios artísticos e também se juntam para lanchar nas lanchonetes que ficam próximas. 

Na Redenção, tem um parquinho estilo Universal Park que só abre nos fins de semana. Se soubesse iria para lá só para ir nos brinquedos ou brincar de light paint. O lugar é bonito, acolhedor e ótimo para quem quer unir a arte ao ar livre e a história da cidade que está viajando. 

Lembra que falei de lanchonete? Uma das mais tradicionais é a Lancheria do Parque que tem décadas de tradição e tem a mesma energia do Delícias do Mate em Natal. Sendo que lá é conhecido pelo X, que é um sanduíche no formato de um beirute que é recheado com carne, salada, maionese e ovo que eles comem como refeição. 

O prato é muito bom, principalmente é uma ótima opção para quem quer uma refeição simples e barata. Depois, hora de ir para o hotel, preparar o último dia do congresso e, consequentemente, se preparar para arrumar as malas. 

O último dia do congresso foi especial, mas antes precisava conhecer a tradicional Rua Mais Bonita do Mundo. 

Por mais que os moradores não botem fé que a rua realmente é bonita pelo fato de ser uma via de acesso para as principais vias, ela é um túnel de árvores centenárias que parece que está em um filme. 

Normalmente alguns turistas param para tirar fotos ou fazer vídeo, como eu. Alguns Ubers acham estranho, mas acham legal a ideia das pessoas acharem bonito o ponto turístico. 

Brechando Porto ALegre
Eu na rua considerada a mais bonita do mundo
Natal Porto Alegre
Rua Mais Bonita do Mundo fica em Porto Alegre

Depois, eu fui para ESPM e ver as apresentações finais da Jornada de Pesquisa de Recepção. Terminou e com um sorriso no rosto vi que estou no caminho certo das pesquisas e o meu futuro profissional. 

Agora é hora de voltar para Natal e compartilhar as minhas brechadas por aí. 

Como foi a viagem

Dia 1

Saí de Natal por volta das 17h40, onde a primeira missão era chegar no aeroporto de Guarulhos com vida. Entretanto, o ônibus demorou 20 minutos para parar. E, para piorar, a porta de desembarque ficará tão longe, que um ônibus buscou a gente para deixar na porta. Isso porque gritava feito uma maluca: “Gente, com licença, meu voo é de conexão”. 

Neste período também descobri que outras pessoas estavam chorando por dentro e desesperados. 

Como resultado, eu cheguei correndo de GRU (como é apelidado carinhoso) por meio de 20 portões em um intervalo de cinco minutos. Pior, correndo esbaforida com uma mochila de 5kg e uma bagagem de 10kg. 

Era como se tivesse correndo numa esteira de caneleira. Acho o portão, com um monte de corredores. Cheguei tão cansada e esbaforida, que os comissários me deram um copo d’água para acalmar. 

Chego de meia-noite, onde a primeira coisa que fiz foi comer algo, mesmo sendo uma bagana. Matuta, que nunca fui ao Sul, ou quando vai para uma cidade maior que Natal (Porto Alegre), sempre procuro um restaurante que não tem na capital potiguar. 

Hora de Jantar

Escolhi, claro, o Starbucks, onde o chocolate quente evitaria um choque térmico do vento de 10 graus na minha cara. Após 20 minutos no fast food vendo as vendedoras se divertindo ao som de “My humps” do Black Eyed Peas, pego o Uber, descubro que mesmo que a distância ao hostel seja curta, paguei 30 conto para chegar. 

O check-in não demorou muito e falarei do empreendimento depois, pois faz parte do sonho de qualquer Faria Lima. 

Cheguei no quarto e deparei com seis beliches, o recepcionista deu a chave para mim, junto com o código do armário privativo. Tentei fazer o mínimo de barulho possível, tipo quando chegamos tarde do habitual e não quis acordar os pais. 

Foi difícil, mas acredito que deu certo, pois ninguém reclamou. Subi a beliche, fechei a cortina, como se fosse meu universo particular e vi que o relógio batia 3 da manhã. Acho que era hora de dormir. 

Dia 2

Por mais que tenha dormido bem, apesar de poucas horas, confesso que estava com muita preguiça de tomar café da manhã. Mas, consegui me levantar. Fui de pijama e fiquei resolvendo minhas questões trabalhistas apenas com o celular e o teclado bluetooth. 

 

Então após o almoço, eu resolvi resolver. A vantagem de ficar em bairros próximos do centro, porque você encontra de tudo sem precisar sair do bairro. Auxiliadora, por exemplo, é cheia de padarias e restaurantes de prato feito, o famoso PF.

 

Sem contar que fiquei em uma das principais vias, a 24 de outubro. Então, era muito fácil pegar um ônibus por lá. 

 

Minha primeira parada foi no campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, no qual abrigava os cursos de comunicação, museologia, engenharia, serviço social e entre outros. Sem contar que abriga a reitoria, que parece um prédio modernista que Natal teria construído facilmente, enfatizando mais a lenda de que o projeto arquitetônico nos Rio Grandes foram trocados. 

Reitoria da UFRGS

 

 

 

 

 

 

Lá, eu parei no Museu da UFRGS, que traz exposições diferentes da cultura gaúcha, uma delas foi o samba. Sabia que lá tem desfile de escola, estilo a do Rio?

O museu era uma homenagem à Escola de Samba, que tem o nome de “Bambas da Orgia”, onde ninguém sabe a origem do nome e era a instituição mais antiga do estilo. Contou desde o marcante enredo de 1995 até a história da matriarca da escola, que faleceu neste ano.

Depois, eu fui ao Centro Cultural da UFRGS que debateu sobre o racismo no RS pelo poder público gaúcho. Quando fui ao shopping para jantar e errei o trajeto, uma vez que tive acesso às informações desencontradas. Mas, no meio desses erros, eu indiretamente acertei em ver POA em outro ângulo. Percebi que nos Rio Grandes os casos de injúria racial são varridos para debaixo do tapete. Sem contar que as comunidades carentes ficam muito escondidas, por meio de morros ou atrás de condomínios fechados. 

Bambas de Orgia era o tema principal do Museu da UFRGS

Além disso, utilizamos nossos estereótipos para esconder a face preconceituosa. O gaúcho, como pessoal educado e polido. O natalense, por sua vez, como povo acolhedor. Sem contar os nomes de ruas, visto que tem Nilo Peçanha, Senador Salgado Filho, Rio Branco e Prudente de Morais. 

Sobre os ônibus, para quem for turistar, pesquise bem as linhas, tente ser específico ao tirar dúvida com os motoristas  e não confie no Google Maps, use o Movitapp, que é parceiro da Prefeitura de Porto Alegre. A passagem é o mesmo valor de Natal, R$ 4,80, não tem ar-condicionado ou aquecedor. E, agora, estão tentando utilizar o motorista com a função de cobrador.

Após uma longa trajetória e um Uber no final, chegou ao Iguatemi, considerado o shopping mais antigo de POA. É tipo o Natal Shopping, sendo que os corrimões e o piso tem detalhes dourados, além de ser bem maior.

Dia 3

Hora de conhecer o tão falado Centro Histórico. Fiz as pazes com o transporte público, pois o ônibus que peguei para em frente ao Mercado Público de Porto Alegre. É praticamente uma parada obrigatória para conhecer a culinária gaúcha, desde a venda de produtos até as comidas típicas. 

 

No piso inferior, eles funcionam como mercado mesmo, onde eles dedicam a parte para vender temperos típicos, as tradicionais carnes gaúchas e países vizinhos, material para confeitaria, ervas e os melhores pescados estão lá. Ideal tanto para quem tem restaurante quanto para quem quer cozinhar aquela comida gostosinha. 

 

Já no piso superior tem a parte dos restaurantes, onde tem desde restaurante japonês até uma cantina italiana, mas sempre com um toque ao estado. Claro que experimentei. Uma coisa que achei curiosa é que boa parte dos pratos que pedi nos restaurantes são acompanhados de salada, quase que é uma obrigação. 

 

Após comer, o frio começou a atacar e minha rinite apareceu. Hora de pegar aquele cachecol gostoso, me enrolei no pescoço. Me senti a própria moradora de Porto Alegre andando e vi que os principais museus da cidade estavam na rua de trás. Diferentemente de outras capitais que a arte barroca é bastante presente, Porto Alegre tem muito do estilo neoclássico e art nouveau. 

 

Em Natal temos como exemplo a Pinacoteca do Estado (antigo Palácio do Governo) como exemplo de neoclássico e a antiga sede da OAB na parte da art nouveau. Entretanto, esses prédios são 10 vezes maiores. Quando não são museus, eles são prédios públicos, como Quartel, Prefeitura, Governadoria e dentre outros. 

 

Primeiro museu

 

Primeiramente, fui ao Farol Santander que aos domingos é gratuito e com horário marcado. Mantido pelo banco Santander, ele funciona no antigo Banco do Comércio da cidade, onde ele é dividido em pavimentos, o mezanino com restaurante, loja e duas exposições. Uma exposição fixa que conta a história de Porto Alegre com imagens e atividades interativas. Ótimo para quem quer fugir de city tour pela cidade e pagar por isso. Outra que conta a história da moeda.

Você pode ler também:  Como era ser emo em Natal, explicamos em live

 

No térreo tem a exposição do goiano Siron Franco, que tem mais de 100 obras expostas no grande salão com vitrais no teto e grandes colunas que apresentam esculturas em suas extremidades. Siron é conhecido pela sua arte contemporânea e nunca ficou atrelado ao mesmo estilo. Suas obras são conhecidas pelo fato do artista criar um desenho base e depois adicionar diferentes camadas de desenho até chegar no final satisfatório, sempre denunciando a exploração animal, a irresponsabilidade com o Meio Ambiente e foi um dos que mais expressou sua indignação com o Césio 137.

 

O que acabei de mencionar foi simplesmente a maior tragédia radioativa no Brasil que chegou muito perto de transformar Goiânia em Chernobyl. Tudo começou quando um dono de uma sucata achou um aparelho de radiografia no lixo e levou no seu ferro velho. Então, ele viu que tinha pedrinhas estranhas. Ao levar para sua residência, viu que elas apresentavam um brilho diferente. 

 

Empolgado, mostrou as mais diferentes pessoas. Entretanto, ele não sabia que era radioativo. Como resultado, infectou várias pessoas diferentes. Após a contaminação ter virado assunto, descobriram que o aparelho era de uma antiga clínica que foi despejado incorretamente, onde os donos nunca foram responsabilizados judicialmente.  

Viagem Natal Porto Alegre
Vitral no teto do Farol Santander

 

Voltando ao Siron, neste período mostrou a sua indignação em diferentes quadros e um deles até utilizou terra para fazer texturas em sua arte. 

 

Após ver Siron, hora de subir, onde tinha as mais diferentes exposições, onde misturava a tecnologia com a arte. Era a visita mais queridinha, por ser a mais instagramável. Lá, você podia ver obra que lia a íris do olho para transformar em artes cósmicas, tubo espelhado projetando imagem ao fundo para fingir que você estava entrando em um túnel ou uma obra em que criou grafismo com linhas e leds, trazendo uma diferente percepção. 

 

Segundo Museu

 

Do lado, tem o Museu de Arte do Rio Grande do Sul, onde funcionava a Delegacia Fiscal e lá é um espaço também monumental, onde o prédio por si só já era bonito antes de entrar. Tinha exposição que mostrava o fotógrafo exibindo as mais diferentes etnias do mundo, também havia exibição do acervo e no piso superior também haviam outras obras. Sem contar nas escadas também você podia ver monumentos que fazem parte do acervo. 

Vista do Museu de Arte do Rio Grande do Sul

 

O imponente edifício, de quase 5.000m2, foi encomendado à firma do engenheiro Rodolfo Ahrons com projeto do arquiteto alemão Theo Wiederspahn, tendo sido tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1981. Três anos mais tarde, a Subsecretaria de Cultura do Estado o reconheceu como de interesse público por seu valor histórico arquitetônico. Passou, então, a integrar o patrimônio cultural do Rio Grande do Sul. Em 1985, foi contemplado com o tombamento definitivo em nível estadual.

Ambos ficam na Praça da Alfândega, onde tem uma estátua de Rio Branco em frente ao Memorial do Rio Grande do Sul. 

 

Casa Cultural Mário Quintana

 

Por fim, eu fui ao Hotel Majestic, que também é conhecido como Centro Cultural Mário Quintana, importante poeta da região. O local recebe este nome pelo fato do escritor ter sido realmente um morador daquele local que já hospedou ricos de todo o Brasil nos anos 50. O prédio é dividido em duas torres, onde os sete andares trazem uma aventura diferente. 

Quanto custa viajar Porto Alegre
Parte interna do Hotel Majestic em Porto Alegre

 

Destaque para o quarto de Mario Quintana, espaço dedicado à cantora Elis Regina, Museu de Arte Contemporânea e também a Cinemateca, onde exibe filmes gaúchos e produções brasileiras independentes. Lá, por exemplo, assisti “Retratos Fantasmas”. Após o filme, você também pode beber uma cerveja na Rua dos Andradas. 

Dia 4

No quarto dia, eu encontrei minha amiga Bárbara Rodrigues, natural de Natal, que há três anos mora em Porto Alegre. Apesar de ter passado boa parte dos primeiros anos na pandemia da Covid-19, Babi, como a chamo, conhecia bem os lugares e sempre me dava dicas no Whatsapp. Então, ela novamente me levou ao Centro Histórico, onde fomos aos museus, comemos à minuta, que é um prato feito gaúcho, que vem o PF, salada e um ovo por cima. 

Depois de conhecer o prato, a gente resolveu ir para a tradicional Orla do rio Guaíba, onde você pode deitar no gramado próximo ao rio para pegar sol ou fazer a caminhada em torno do Ipê-Roxo, caminhar na ciclovia, andar de barco ou ver o Gasômetro que estava ao longe e não pude visitar porque estava em reforma. 


Gasômetro recebe este nome porque era uma usina termelétrica, onde utilizava gás do petróleo para fornecer energia elétrica por toda a cidade. O prédio foi desativado e hoje é um espaço cultural. 

A Orla, por sinal, divide Porto Alegre e a cidade de Guaíba. Tipo Rio de Janeiro e Niterói. Tanto que lá tem barcas onde os moradores das duas cidades usam como transporte para se locomover. 



Ir numa orla sem ser a de praia foi interessante, porque eu sou acostumada a fazer caminhadas, tomar banho e mar e depois caminhar. Ver uma orla em que todos vão apenas andar foi inusitado, mas divertido, principalmente para se esquentar um pouco no sol. 

No dia que eu fui, o sol era raro, mas necessário, pois Porto Alegre estava medindo 5ºC o seu termômetro.



Sem contar que muitos vão principalmente no final da tarde para ver o pôr do sol, que é belíssimo e só surge depois das 18 horas, diferentemente do Natal. Ficou escuro? Poderia ir aos bares por perto. Mas, resolvi voltar ao hotel para estudar o meu real motivo de ir para Porto Alegre: me apresentar ao congresso. 

Dia 5 e 6

Era o primeiro dia do congresso e estava nervosa para apresentação de um artigo que iria apresentar. Era a quinta edição da Jornada de Pesquisa de Recepções, sob a organização da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a sede era na unidade porto-alegrense da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).


A minha primeira parada foi no Mc Donald’s, porque o café da manhã de lá era melhor que o do hotel. Além de me manter forte. Depois, eu peguei um ônibus para ir a ESPM. Desta vez fiz as pazes com o sistema de transporte público de Porto Alegre.

Eu iria apresentar o artigo baseado no trabalho de conclusão em Publicidade, curso que fiz na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Aproveitei para trocar figurinhas sobre pesquisa e além de conhecer outras pessoas que possam pesquisar. Atualmente, faço mestrado profissional de psicologia na UnP. Mas, pretendo fazer outro mestrado, com base acadêmica.

Calçada da ESPM


O congresso foi bom para descobrir autores da Psicologia do Consumo e também  autores para falar do meu mestrado acadêmico. Sem contar que a ESPM apresenta uma bela vista de toda Porto Alegre.

A apresentação foi um sucesso e fiz amizade com jornalistas, publicitários e outros profissionais da comunicação em outros estados brasileiros.

Depois, eu fui ao shopping comprar meia-calça e jantar. E, só descansei para o dia seguinte.

O segundo dia da palestra teve mesa-redonda de professores mostrando mapeamento de pesquisas e quantidade de pós-graduação voltadas para comunicação em cada universidade do Brasil. Depois, eu vi apresentações de trabalhos de outras pessoas, que ajudaram na metodologia do meu trabalho.

A apresentação acabou mais cedo e meu professor orientador sugeriu que visitasse o Parque da Redenção, no qual eu fui fazer caminhada no espaço, que é próximo dos principais prédios históricos da capital gaúcha, como Colégio Militar. Na sua extremidade fica o monumento gigante dedicado aos Expedicionários Brasileiros, soldados que participaram da Segunda Guerra Mundial.

O famoso Xis
Entrada da Lancheria do Parque, do lado da Redenção
Sair de Natal para Porto Alegre
Roda gigante de Rendenção
Um dos monumentos do Redenção
Eu tentando tirar selfie no Redenção
Monumento dos Expedicionários no Redenção



Além disso, tem um lindo espelho d’água, chafariz, monumento budista, estátuas dedicadas às mais diferentes personalidades históricas, como Deodoro da Fonseca e Chopin. Lá o pessoal encontra crush, faz caminhada, anda de bicicleta, aprecia os ipês roxos, realiza ensaios artísticos e também se juntam para lanchar nas lanchonetes que ficam próximas.

Na Redenção, tem um parquinho estilo Universal Park que só abre nos fins de semana. Se soubesse iria para lá só para ir nos brinquedos ou brincar de light paint. O lugar é bonito, acolhedor e ótimo para quem quer unir a arte ao ar livre e a história da cidade que está viajando.

Lembra que falei de lanchonete? Uma das mais tradicionais é a Lancheria do Parque que tem décadas de tradição e tem a mesma energia do Delícias do Mate em Natal. Sendo que lá é conhecido pelo X, que é um sanduíche no formato de um beirute que é recheado com carne, salada, maionese e ovo que eles comem como refeição.

O prato é muito bom, principalmente é uma ótima opção para quem quer uma refeição simples e barata. Depois, hora de ir para o hotel, preparar o último dia do congresso e, consequentemente, se preparar para arrumar as malas.

Dia 7

O último dia do congresso foi especial, mas antes precisava conhecer a tradicional Rua Mais Bonita do Mundo.


Por mais que os moradores não botem fé que a rua realmente é bonita pelo fato de ser uma via de acesso para as principais vias, ela é um túnel de árvores centenárias que parece que está em um filme.

Normalmente alguns turistas param para tirar fotos ou fazer vídeo, como eu. Alguns Ubers acham estranho, mas acham legal a ideia das pessoas acharem bonito o ponto turístico.

Brechando Porto ALegre
Eu na rua considerada a mais bonita do mundo
Natal Porto Alegre
Rua Mais Bonita do Mundo fica em Porto Alegre



Depois, eu fui para ESPM e ver as apresentações finais da Jornada de Pesquisa de Recepção. Terminou e com um sorriso no rosto vi que estou no caminho certo das pesquisas e o meu futuro profissional.

Agora é hora de voltar para Natal e compartilhar as minhas brechadas por aí.

Algumas fotos de Porto Alegre

Fatos importantes: 

  • Preço da passagem de ônibus: 4,80 reais. Diferente de Natal, as linhas são divididas por cores e, por conseguinte, números. 
  • Geralmente o Uber do Centro para bairros nobres custam em média 20 reais. 
  • No período de alta estação, as passagens podem custar até R$ 3 mil reais.  Mas é possível encontrar passagens pela metade do preço. Parte ruim: são cheio de escalas. Por isso, uma viagem de 6 horas pode durar o dobro de tempo. 
  • Uma das melhores opções é se hospedar em hostels ou casas colaborativas, onde uma hospedagem de uma semana pode ser bem mais em conta que um tradicional hotel. Me hospedei no Swan Generation, a hospedagem custou R$ 600, onde compartilhei um quarto com mais oito meninas. 
  • Você pode alugar bicicletas tanto em hotéis quanto os postos de bike oferecidas pelo Itaú. Lá tem muitas ciclovias e parques para pedalar. 
  • Muitos museus têm entradas gratuitas.

10 coisas em comum entre os Rios Grandes

  1. Adorarem falar por meio das gírias naturalmente que eles entendem. Além disso, falamos muito rápido. 
  2. Temos a mesma síndrome do vira-lata, sempre achamos outros estados da mesma região mais bonita. 
  3. Nomes de avenidas em comum, como Nilo Peçanha, Princesa Isabel, Rio Branco e dentre outros. 
  4. Valorizam a Segunda Guerra Mundial pelo fato de que muitos foram da Força Expedicionária Brasileira. 
  5. Transporte público parecido, ônibus no mesmo preço e trens que só circulam pela Região Metropolitana. 
  6. Adoro reclamar do tempo (No caso deles, todavia, é o frio, que estava 5ºC). 
  7. Todo mundo se conhece. Tipo Natal, quando a gente segue uma pessoa com certeza teremos amigos em comum. 
  8. As pessoas gostam de se encontrar no Centro em dias específicos. 
  9. Às 22 horas, as ruas ficam desertas. 
  10.  Aumento da especulação imobiliária, uma vez que você ver prédios novos em todo lugar com conceitos duvidosos. 

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