Categoria: Artistas Potiguares

  • Jorge Fernandes, modernismo e sua relação com a Cidade Alta

    Jorge Fernandes, modernismo e sua relação com a Cidade Alta

    Seu nome completo é Jorge Fernandes de Oliveira, um boêmio que mexeu com sociedade natalense nos anos 20, uma vez que em 1927 lançou o livro “Poemas de Jorge Fernandes”. O que chamou atenção da crítica literária da época foi o fato de romper os padrões estéticos do que se pensava do poema. Sem contar que estudiosos acerca de sua obra, até hoje, tem dificuldade de saber o seu verdadeiro estilo linguístico.

    Alguns dizem que é Regionalismo, porém outros falam de Modernismo. Tem vários porquês acerca desta questão, pois algumas de suas obras crítica a situação urbana e outras ressalta o lado interiorano do sertão norte-riograndense.

    E falar da industrialização e a modernização não era ao acaso, visto que trabalhou como operário em sua pobre juventude da rua Santo Antônio. A mesma rua onde fica a tradicional Igreja do Galo, no qual teve que abandonar cedo os estudos para começar a sobreviver.

    Somente uma única publicação

    Sim, foi apenas uma publicação que o Jorge Fernandes lançou, que depois ficou distribuindo o seu trabalho por meio de periódicos. Se ele tivesse vivido no século XXI, provavelmente, faria um fanzine e se identificaria com os nascidos dos anos 80 e 90, apesar de que tenha falecido em 1953.

    Mas, foi apensas por causa deste livro que recebeu o reconhecimento de Luís da Câmara Cascudo. Também conheceu o Mário de Andrade, quando o mesmo esteve por Natal.

    Alguns periódicos que participou foi a revista “A Cigarra” e “Terra Roxa e Outras Terras”. Ainda mais realizou muitas peças teatrais, como “Pelas Grades”, “Anti Cristo”, “Céu Aberto”, “Já Teve” e dentre outras.

    Sua relação com o Café Majestic

    Quando se pensa em Jorge Fernandes rapidamente vem em nossa mente o tradicional Café Majestic, que ficara no cruzamento da Rua Ulisses Caldas com a Vigário Bartolomeu, que após vários sócios o espaço foi administrado pelo Jorge juntamente com Deolindo Lima, Barôncio Guerra, Aurélio Flávio e Pedro Lagreca.

    Lá, o espaço recebia escritores, saraus, poetas e todo tipo de debate relacionado à literatura que ia até as primeiras horas da manhã. Hoje, o Café Majestic se tornou, no entanto, o estacionamento dos carros oficiais da Prefeitura do Natal.