Dia: 29 de setembro de 2025

  • Dia 6 – Apresentação no Intercom e o Grand Finale em Vitória 

    Dia 6 – Apresentação no Intercom e o Grand Finale em Vitória 

    Fazer mestrado me fez passar por diversas experiências. Amadurecimento que eu não tive, problemas que achei que estava resolvido e não estavam ou descobri que gosto de pesquisar. Minha escrita pode não ser vencedora do Prêmio Jabuti, mas uma coisa que me orgulho se chama apuração. 

    Problemas sociais no mestrado ou pagar micos por se empolgar demais são reduzidos quando falo com prazer a minha pesquisa. 

    Este foi o dia da viagem que pude me dar o prazer de falar do que pesquiso no mestrado da UFRN. Sempre fui motivada em procurar algo que “parece não render” e, no fundo, tenho feeling de que vai render. 

    Falar de como os jornais da minha cidade abordaram a estreia de um filme de terror que chegou a ser indicado ao Oscar é algo empolgante. Mas antes, preciso explicar minha pesquisa. 

    Em 2023, eu descobri que o jornal Diário de Natal fez uma ampla cobertura da estreia do O Exorcista em Natal, falando desde a liberação da censura até divulgar a data da estreia, além dos acontecimentos durante a exibição. Poderia ser simples matéria do Brechando. 

    No entanto, resolvi estender e vi que a abordagem da Tribuna do Norte foi tão intensa quanto. Então, era a hora de responder a seguinte pergunta: Por que esse filme chamou atenção na mídia local?

    Então, na manhã de quinta, eu fui falar no Grupo de Trabalho de Geografia da Comunicação para falar como um dos maiores filmes de terror, “O Exorcista”, causou rebuliço numa cidade nordestina com menos de 300 mil habitantes e na Ditadura Militar (1964-1985). Era o medo? Curiosidade com algo que veio de fora? 

    A apresentação foi muito incrível, vi que posso fazer mais coisas no GT no futuro e que com certeza manterei contato com os professores. Foi uma experiência única ver gente pesquisando comunicação em pedacinhos de Brasil que nem eu mesma podia imaginar. Foi uma forma de ver a grandiosidade do país em uma sala de aula. Além disso, despertou o insight de que filmes de terror podem sim mobilizar uma cidade. 

    O Intercom foi lindo e agora juntar dinheiro para ir na versão nacional do ano que vem na cidade de Brasília. 

    A tradicional Moqueca (Foto: Lara Paiva)

    Depois, hora de aproveitar as últimas horas nas terras capixabas. Fomo ao restaurante São Pedro, que tem uma das tradicionais moquecas capixabas. O espaço desde 1952 e é uma empresa familiar. Espaço pode parecer antigo, mas é muito aconchegante e ótimo para levar os amigos. 

    As paredes do restaurante mostram diversas fotos da história, além de colocar na parede algo que todo capixaba ama dizer: “Moqueca é só capixaba, o resto é só peixada”. 

    O cardápio mostra os peixes que o restaurante trabalha, a história de São Pedro e por ser considerado o protetor dos pescadores. Então, você tinha a opção de comer a moqueca só com peixe ou com camarão. Sobre o crustáceo, ele pode ser o pequeno, médio ou grande. Escolhemos o camarão médio e o peixe robalo, um dos tradicionais. 

    Acompanhado de pirão de peixe e arroz, comemos toda a moqueca em menos de 20 minutos, achamos muito saboroso e vale a pena a fama do restaurante. Uma bela despedida de Vitória, onde voltamos para o Air BnB para finalizar as malas e dormir. 

    Agora, partiu ao estado do Rio de Janeiro.