Dia 4 – Dia de visitar o centro e com muita chuva

Fui para o congresso chamado Intercom, maior congresso da América Latina e une quase todas as faculdades de comunicação do país. Após atravessar uma hora de ponte de Vila Velha para Vitória, cheguei a Faesa, onde tive a oportunidade de assistir uma oficina sobre projetos culturais e como finalmente possa aparecer um sim. Foi muito importante, porque isto pode ajudar o Brechando em 2026. 

Após as oficinas, eu resolvi conhecer o Centro Histórico de Vitória, que fica na parte comercial da cidade, onde o novo e o antigo se cruzam. Assim como a Cidade Alta em Natal, o Centro da capital capixaba se encontra em crise, normal ver um monte de prédio antigo com placa de aluga-se ou procurando algum comprador. 

Hora de conhecer o Centro Histórico

O primeiro passo foi subir as enormes ladeiras para chegar na Catedral Metropolitana, que fica praticamente no topo da cidade. Parece aquelas igrejas europeias: estilo gótico e com vitrais belíssimos, narrando a biografia de Jesus Cristo. Nos vidros retratavam o nascimento até o dia da ressurreição. 

De acordo com os historiadores, a primeira igreja matriz de Vitória teria sido construída provavelmente ainda em 1550, na época da fundação da Vila de Nossa Senhora da Vitória. Inicialmente uma capela, o seu local de fundação é considerado o marco zero da cidade. A mesma foi demolida e veio a versão que conhecemos hoje veio no século XX.

Demolida a antiga matriz em 1918, o desenhista e paisagista Paulo Motta, que também foi responsável pelo desenho do Parque Moscoso, no centro da cidade, projetou um novo templo em estilo neogótico, mas durante muito tempo as obras ficaram paralisadas e o projeto original foi abandonado.

Durante as obras da “nova catedral”, os ofícios religiosos foram transferidos para a igreja de São Gonçalo (também visitamos) no dia 26 de agosto de 1918 pelo segundo bispo da Diocese do Espírito Santo, Dom Benedito Paulo Alves de Sousa.

Vista da Faesa por toda Vitória (Fotos: Lara Paiva)

Eu no Intercom (Alguém tirou essa foto para mim)

Centro de Vitória (Foto: Lara Paiva)

Vitória é cheio de escadarias (Foto: Lara Paiva)

Catedral Metropolitana de Vitória (Foto: Lara Paiva)

Estilo da Catedral Metropolitana de Vitória é neogótico (Foto: Lara Paiva)

Alta-mor da Catedral Metropolitana (Foto: Lara Paiva)

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Detalhes no vitral (Foto: Lara Paiva)

Igreja de São Gonçalo, o casal que entrar dentro da igreja será feliz (Foto: Lara Paiva)

Parte interna da Igreja de São Gonçalo (Foto: Lara Paiva(

Fica próximo da Catedral Metropolitana (Foto: Lara Paiva)

Escadaria da Igreja de São Gonçalo (Foto: Lara Paiva)

Nos anos 40, quando a construção foi reiniciada, um novo projeto foi feito tendo o seu autor, André Carloni, aproveitado as partes já erguidas e mantido o estilo neogótico, inspirado na Catedral de Colônia, na Alemanha. Os vitrais, que cercam toda a catedral, foram construídos pelo artista italiano Cesar Alexandre Formenti e seu filho, Gastão, com quem tinha um ateliê no Rio de Janeiro. 

A igreja foi finalizada apenas em 1970 e recebeu visitas ilustres, como o Papa João Paulo I, e abriga a Nossa Senhora das Vitórias, padroeira da cidade. Sua planta tem forma de cruz latina, voltada para o oriente, na direção de Jerusalém, e sua arquitetura eclética é inspirada no estilo gótico, algo comum em construções do período republicano.

Depois, desta visita a gente passou na fachada da Capela de Santa Luzia, que estava fechada, uma vez que não funciona na segunda-feira. Este é o prédio mais antigo da cidade e é tombado pelo patrimônio público. 

Ainda nessa tour de igrejas, também visitamos a Igreja de Sâo Gonçalo, que é popularmente conhecida como a igreja dos casamentos duradouros e felizes. A lenda diz que o casal que entra no templo terá um longo matrimônio. Construída em pedra e cal teve sua construção concluída em seis de novembro de 1766 sendo consagrada ao santo português pelo padre Antônio Pereira carneiro e o vigário Antônio Xavier da vila de Vitória. 

O templo conta com fachada características do barroco, assim como seu altar-mor, com entalhes em madeira pintados a ouro.

Por fim, em poucos metros de distância, está o Palácio Anchieta, que também funciona a sede do Governo do Estado, sendo uma das sedes de governo mais antigas do Brasil. Inicialmente, os primeiros colonizadores usaram o espaço para construir a Igreja de Sâo Tiago. 

Em 1570, um incêndio destrói a primeira sede da igreja de São Tiago. E missionários em agradecimento à acolhida após um naufrágio na foz do Rio Doce iniciavam a construção de uma nova sede para a Igreja de São Tiago, agora em pedra, no mesmo local da anterior. 

A Casa de São Tiago, sob a forma de colégio e seminário, foi por mais de duzentos anos o farol da educação na província do Espírito Santo. No entanto, após demolições e incêndios, no ano de 1796, a igreja se transforma em Palácio do Governo. 

Durante o governo de Jerônimo Monteiro (1908 -1912) o palácio, ex-igreja, sofreu as maiores remodelações. O conjunto sofreu grandes mudanças. As obras ficaram a cargo do engenheiro Francês Justin Norbert, que também foi responsável pela construção do mercado da capixaba no centro da capital. O telhado original foi elevado, as fachadas foram remodeladas e é feita uma nova abertura em direção à Baia de Vitória, onde vemos sua grande escadaria.

Os pontos turísticos visitados nesta matéria