Quando vimos o nome de ruas como “intendente” pouca gente sabe que este termo faz parte da história contemporânea do Brasil. Primeiramente, nos primeiros anos do governo de Getúlio Vargas (1930-1945) os governadores saíram para vir pessoas da confiança dele.
Isto acontecia através da nomeação de interventores para os estados, substituindo os governadores eleitos, e pela criação de ministérios, como o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e o Ministério da Educação e Saúde.
Essas medidas, inclusive, visavam centralizar o poder e modernizar o país, centralizando decisões no governo federal e implementando políticas em diferentes áreas.
O nome dos intendentes surgira entre os períodos de 1930-1934, que posteriormente viraria o período do Estado Novo.
Como que aconteceu no Rio Grande do Norte
Entre os tenentes estavam Juarez Távola, Juraci Magalhães, João Alberto e Ary Parreiras. No entanto, havia civis como Maurício de Lacerda e Pedro Ernesto.
Távora, inicialmente, é denominado líder dos Estados do Norte (que compreendia do Espírito Santo ao Amazonas) e João Alberto, interventor de São Paulo. Por sua parte, Juracy Magalhães é escolhido como interventor da Bahia e Ary Parreiras, do Rio de Janeiro.
Ao todo o Rio Grande do Norte teve cinco interventores, que foram: Irineu Joffily, Aluísio de Andrade Moura, Herculino Cascardo, Bertino Dutra da Silva, Mário Câmara (famoso por ser nome de rua no bairro das Quintas) e Liberato da Cruz Barroso.
Mário Câmara é quem ficou mais tempo
O interventor que ficou mais tempo no poder foi Mário Câmara (foto acima do título), que ficou até 1935, no começo da parte do Estado Novo, que marcou a parte mais agressiva do governo de Vargas.
Mário Câmara destacou-se pela responsabilidade fiscal e administrativa, quitando a dívida do Estado com a Inglaterra e deixando recursos vinculados no Banco do Brasil para obras como o Grande Hotel da Ribeira e o saneamento básico de Natal.
No entanto, sua administração enfrentou forte instabilidade política, contribuindo para o clima que antecedeu a Intentona Comunista de 1935.
Depois de sua carreira de interventor, ele foi Ministro da Fazenda na gestão de Café Filho e faleceu no ano de 1967.


