Dia: 25 de julho de 2025

  • Indústria cerâmica é beneficiada por pesquisa da UFRN

    Indústria cerâmica é beneficiada por pesquisa da UFRN

    Um processo de produção de tijolos cerâmicos, utilizando solo em contaminação de resíduo de petróleo, veio de uma pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Essa invenção recebeu pedido de patente pela instituição de ensino.

    A invenção, no entanto, não se limita à fabricação de tijolos, uma vez que aplica a outros produtos cerâmicos essenciais para o sistema construtivo brasileiro. Ex: telhas, blocos e pisos.

    O material teve a criação do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais (PPGCEM). Ademais, a patente beneficia grandes empresas locais, como a Companhia Siderúrgica Nacional.

    Mais especificamente, a patente propõe o uso dos solos contaminados com resíduos de petróleo provenientes do processo de perfuração de poços de petróleo e de extração de petróleo. Ambos se encontram em terra, resultando num material de composição físico-química e estrutura característica.

    Esses resíduos têm o monitoramento rígido por essas empresas e retiram os resíduos poluentes de imediato. Por conseguinte, as parcelas de solos, sob a contaminação com fluidos de petróleo, são transportadas para uma unidade de calcinação, para aquecimento em fornos rotativos para oxidação da matéria orgânica contaminante, neutralizando a sua atividade.

    Após esse processamento, o solo sujo recebe o nome de solo calcinado. Assim, o mesmo vai para uma área de armazenamento em aterros industriais. Além disso, deverá permanecer sob monitoramento até aplicar resíduos de forma tecnológica.

    O produto da patente pertence à indústria de cerâmica estrutural, e a concessão dela, recebeu o nome “Processo de produção de tijolos cerâmicos e de blocos cerâmicos à base de solo contaminado com resíduo de petróleo e respectivas formulações”.

    A tecnologia é fruto de uma parceria entre a UFRN, a Petrobras e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN).

    Outro diferencial

    Outro diferencial é poder adquirir a condição de matérias-primas industriais, situação que permite a redução do consumo de argilas, recursos naturais não renováveis sob o consumo intensivo em grandes volumes pelas indústrias cerâmicas.

    Com um currículo que compreende quase quarenta depósitos de patente realizados através de instituições públicas, como UFRN, Petrobras e Fapesp, bem como pela iniciativa privada, como Companhia Siderúrgica Nacional e Icra.